Henrique Gimenes - 25/10/2018 21h33 | atualizado em 25/10/2018 21h38

O candidato do PSL à Presidência da República, Jair Bolsonaro, afirmou, nesta quinta-feira (25), que, se eleito, não pretende retirar o Brasil do Acordo de Paris. A declaração foi dada durante uma entrevista coletiva no Rio de Janeiro.

Assinado por 195 países em 2016, o Acordo de Paris tem por objetivo reduzir as emissões de gases do efeito estufa, manter um desenvolvimento sustentável e empenhar esforços para reduzir o aumento da temperatura média global. O candidato do PSL já tinha dito anteriormente que poderia abandonar o tratado, mas, ao ser questionado novamente sobre o assunto, afirmou que pretende continuar no acordo.

– O Brasil poderia buscar essas metas não estando em acordo nenhum? Poderia. Por outro lado, o que está faltando a todos vocês é buscar a verdade. O que realmente está por baixo desse acordo. O que eu sei é que o “triplo A” é uma grande faixa que passa pela Amazônia e vai até o Atlântico, de 136 milhões de hectares, por sobre a cara do Solimões e do Amazonas, estaria não mais sob a nossa jurisdição, mas ficaria sob a jurisdição de outro país, como sendo ela essencial para a sobrevivência da humanidade – explicou.

O presidenciável também comentou a situação dos imigrantes venezuelanos em Roraima e disse que é contra fechar a fronteira no estado. Bolsonaro afirmou, no entanto, que é possível buscar uma solução junto à Organização das Nações Unidas (ONU) para a situação.

– Nós temos que buscar maneira, talvez junto à ONU, de ali, áreas, campos de refugiados, para buscar solução para o caso (…) Agora, realmente Roraima não suporta a quantidade de venezuelanos que entraram lá. E o governo não pode dar as costas para a Venezuela, ou apenas pagar a missão para o Exército, como vem fazendo no momento, para solucionar o problema – ressaltou.

Leia também1 Bolsonaro defende integração de rodovias e ferrovias
2 Bolsonaro pode rever fusão de Agricultura e Meio Ambiente