Ausente, Bolsonaro vira alvo em debate na TV Globo
Candidatos à Presidência também falaram de suas propostas para o país
Henrique Gimenes - 05/10/2018 01h30 | atualizado em 05/10/2018 08h02
Na noite desta quinta-feira (4), os candidatos à Presidência da República participaram do última debate eleitoral. Realizado pela TV Globo, o programa teve quatros blocos de perguntas e respostas e durou mais de 2 horas e 30 minutos.
Participaram Fernando Haddad (PT), Ciro Gomes (PDT), Geraldo Alckmin (PSDB), Marina Silva (Rede), Alvaro Dias (Podemos), Henrique Meirelles (MDB) e Guilherme Boulos (PSOL). O candidato do PSL, Jair Bolsonaro, não compareceu por recomendações médicas e concedeu uma entrevista ao Jornal da Record.
Apesar de não ter sido dominante, a polarização entre Bolsonaro, primeiro candidato na última pesquisa de intenção de votos do Datafolha, e o PT, segundo colocado, teve destaque em todos os blocos do programa.
No primeiro bloco, Ciro e Marina falaram sobre a crise no Brasil e afirmaram a polarização política atual só piora o Brasil. Alckmin, em outro momento, afirmou que nem o candidato do PSL e nem Haddad irão conseguir resolver esse problema
Outra candidato que tratou do tema foi Henrique Meirelles ao questionar Ciro Gomes sobre a escolha de salvadores da pátria para o país, em referência a Lula e a Bolsonaro. O candidato do PDT disse que esse tipo de coisa não existe e que o país está na beira do abismo com os extremos.
No segundo bloco, os candidatos realizaram perguntas a seus adversários de acordo com um tema sorteado. Tanto Jair Bolsonaro quanto o PT foram citados, só que menos vezes. Alvaro Dias, em diversos momentos, foi para cima do candidato do PT.
Em outro momento da segunda parte, Fernando Haddad citou o apoio de ruralistas a Jair Bolsonaro. Guilherme Boulos também a criticar as propostas do candidato do PSL para resolver o problema das drogas.
O terceiro bloco já foi iniciado com Marina perguntando a Fernando Haddad sobre a contribuição de seu país para a polarização no Brasil. Ela também criticou o fato do candidato do PSL ter concedido uma entrevista à Record.
Ao responder uma pergunta sobre suas propostas para mudar o Brasil, Alckmin lembrou que já tivemos a experiência do PT e que o resultado não foi satisfatório. Ele criticou Jair Bolsonaro, ao afirmar que o “caminho também não é o radical de direita”.
O quarto e último retomou o formato dos candidatos fazendo perguntas sobre temas sorteados. Jair Bolsonaro foi um tema mais constante nas respostas, sendo mencionado por Boulos, Marina e Ciro.
Ao final do programa, Alvaro Dias questionou Fernando Haddad sobre o apoio de seu partido à operação Lava Jato, já que o PT afirma que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi preso injustamente. O candidato petista respondeu que as leis de combate à corrupção foram feitas no governo de seu partido.
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