Alckmin planeja reforma política com voto facultativo
Candidato do PSDB foi sabatinado na Record TV e falou ainda sobre o combate à corrupção
Henrique Gimenes - 20/08/2018 19h34 | atualizado em 20/08/2018 19h35

O candidato à Presidência da República pelo PSDB, Geraldo Alckmin, participou, nesta segunda-feira (20), de uma sabatina promovida pela Record TV. Durante 15 minutos, o tucano falou sobre suas alianças política, reforma política, segurança e outros assuntos.
Logo na primeira pergunta, o candidato foi pergunto sobre o envolvimento de outros membros de seu partido em investigações. Ele disse entender que “quem errou tem que pagar” sem importar a sigla e propôs uma reforma política como uma solução.
– É preciso mudar o modelo político. Eu defendo a reforma política com voto facultativo. Ninguém deve votar por causa de multa. O voto é direito das pessoas, não deve ser obrigado. Até aquele que não vota está mandando um recado ao sistema. Defendo também o voto distrital misto e uma redução no número de partidos – explicou.
Geraldo Alckmin foi questionado sobre suas alianças políticas e se ele faz parte da “velha política”. O candidato defendeu sua agenda de reformas e disse que precisa ter apoio do Legislativo.
– Eu acho que o novo é defender o interesse coletivo, o interesse público que foi dominado pelo corporativismo. E outra, você precisa ter maioria para fazer reformas. Precisa ganhar eleição e fazer um bom governo (…) O Brasil não vai mudar por voluntarismo ou não grito, mas sim com reformas. E para isso, precisa ter maioria – ressaltou.
O candidato do PSDB também foi questionado sobre o combate à corrupção e o chamado “crime do colarinho branco. Ele disse que pretende, inicialmente, reforçar a Polícia Federal (PF) e dar apoio ao Ministério Público Federal (MPF), assim como um mudança na legislação.
– Vamos melhorar a Legislação, tipificando no Código Penal o enriquecimento ilícito e invertendo o ônus da prova. O agente público, pode ser deputado, senador, diretor ou o que for, deverá provar a origem de seu patrimônio. Caso ele não consiga, ele perde o bem. Vou propor isso ao Congresso – destacou.
Alckmin também foi questionado sobre a quantidade de ministérios que seu governo poderia ter no caso de ser eleito. Ele informou que pretende reduzir dos atuais 29 para cerca de 20 ou 21.
– Teremos menos ministério, mas todos eles serão fortes. Por exemplo, vamos concentrar tudo no Ministério da Fazenda, incluindo a parte do Orçamento. E o Ministério do Planejamento será responsável pela reforma do estado, que está inchado e é caríssimo. Vamos reduzir tudo, prédios, fundações, privatizações, trazer PPPs e investimento privado – relatou.
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