Leia também:
X Pais de Marielle lamentam saída de promotora: ‘Covardia’

Dona do navio Bouboulina já provocou acidente na Rússia

Embarcação é apontada como responsável pelo vazamento de óleo

Paulo Moura - 02/11/2019 10h30 | atualizado em 02/11/2019 15h13

Empresa responsável pelo Bouboulina já se envolveu em acidentes Foto: Baltic Shipping/Gilbert Cailler

Sede da empresa proprietária do navio Bouboulina, suspeito de derramar o óleo que atinge as praias do Nordeste, a Grécia é líder global no mercado de navegação comercial, com a maior frota do mundo em termos de capacidade de transporte, mas não nutre boa fama.

A Delta Tankers, proprietária do navio sob suspeita, não tem bom histórico. Em 2016, um navio da empresa provocou um acidente na Rússia. Houve colisão no porto de Primorsk, na região de São Petesburgo. O prejuízo foi de US$ 27 milhões (R$ 107 milhões).

O próprio Boubolina já havia ganhado o noticiário internacional por ter sido atacado por piratas em julho de 2016, próximo ao litoral da Nigéria. Depois disso, seguiu sua rota e, entre os dias 20 e 27 de julho, atracou em portos brasileiros em São Francisco do Sul (SC), São Sebastião (SP) e Angra dos Reis (RJ).

Rodrigo Luiz Zanethi, advogado e professor de direito marítimo portuário em Santos, cidade que abriga o maior porto do país, diz que os navios gregos não são conhecidos por serem bem-cuidados.

– Como eles transportam a granel, o frete é mais baixo. E as empresas gastam pouco com a conservação do navio para dar lucro. Em geral, os navios conteineiros e de grandes empresas são melhor conservados – afirma.

Além disso, ele afirma que navios como o Bouboulina, pertencente à companhia grega Delta Tankers e principal suspeito pelo vazamento de óleo que atinge o Nordeste, são classificados como tramps, que ficam circulando em busca de portos para atracar, em oposição aos liners, que têm uma rota estabelecida.

O governo ainda investiga a responsabilidade do navio Bouboulina pelo desastre ambiental na região Nordeste. Caso confirmado, além do crime ambiental, a tripulação terá infringido regras de convenções do transporte de carga que determinam alerta imediato sobre vazamentos e acionamento do seguro contra danos.

*Folhapress

Leia também1 Inpe afirma que óleo poderá chegar ao Espírito Santo e RJ
2 Guedes sobre a Opep: "Nossa orientação é contra cartéis"
3 PF cumpre mandados contra suspeitos por óleo no Nordeste

Siga-nos nas nossas redes!
WhatsApp
Entre e receba as notícias do dia
Entrar no Canal
Telegram Entre e receba as notícias do dia Entrar no Grupo
O autor da mensagem, e não o Pleno.News, é o responsável pelo comentário.