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Deltan Dallagnol disse que faria jejum e orações durante o julgamento do habeas corpus do ex-presidente Lula

Henrique Gimenes - 04/04/2018 20h42 | atualizado em 04/04/2018 21h54

Procurador Deltan Dallagnol disse que faria jejum no julgamento do habeas corpus de Lula Foto: Vladimir Platonow/Agência Brasil

Após o procurador da República, Deltan Dallagnol, anunciar que faria um jejum durante o julgamento do habeas corpus do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, dois deputados do PT resolveram acionar o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP). Paulo Pimenta (PT-RS) e Wadih Damous (PT-RJ) entraram com uma representação contra o coordenador da força-tarefa da Lava Jato no Paraná.

O procurador havia feito o anúncio no domingo (1º) por meio de sua conta do Twitter.

– Quarta-feira é o dia D da luta contra a corrupção na Lava Jato. Uma derrota significará que a maior parte dos corruptos de diferentes partidos, por todo país, jamais serão responsabilizados, na Lava Jato e além. O cenário não é bom. Estarei em jejum, oração e torcendo pelo país – escreveu na ocasião.

Para os parlamentes, no entanto, Dallagnol teria infringido o Código de Ética e de Conduta do Ministério Público ao “fazer proselitismo político religioso nas redes sociais”. Ambos os deputados dizem que ele teria infringido o artigo que trata de “imparcialidade no desempenho de funções”.

A intenção de Paulo Pimenta e Wadih Damous é que o CNMP apure o caso e, se necessário, aplique a punição prevista na lei.

Nesta terça-feira (3), Deltan Dallagnol rebateu as críticas que vinha recebendo devido ao jejum em uma entrevista à Rádio Jovem Pan. Para ele, “expressar sua fé faz parte da liberdade religiosa e de expressão”.

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