Henrique Gimenes - 07/01/2019 21h05 | atualizado em 08/01/2019 12h34

Nesta segunda-feira (7), a defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva apresentou as alegações finais no processo da operação Lava Jato sobre o sítio em Atibaia, São Paulo. Os advogados pedem que Lula seja absolvido por “insuficiência de provas” e “atipicidade das condutas” do processo.

No processo, o Ministério Público Federal (MPF) acusa o ex-presidente de ter recebido propina por meio de uma reforma na propriedade. O custo totalizou R$ 1,02 milhão. O dinheiro teria vindo da Petrobras. Os procuradores afirmam que o sítio seria de Lula.

Para a defesa, no entanto, o ex-presidente “não é e jamais foi” dono do sítio. O documento com as alegações finais possui 1,6 mil páginas e 24 anexos. No texto ainda há um capítulo sobre o ministro da Justiça Sérgio Moro, que foi juiz do processo.

Para os advogados, Moro não possuía “a necessária imparcialidade” para julgar o caso, que deveria ser enviado para outra Vara de Justiça.

“Não bastasse ter agido para prejudicar o defendente e seus correligionários na disputa eleitoral, o antigo juiz do processo, abandonando de vez qualquer aparência de imparcialidade, aceitou o convite para integrar o governo do presidente Jair Bolsonaro, na qualidade de Ministro da Justiça” – afirma a defesa.

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