Leia também:
X Bolsonaro diz que Lula “aprovará aborto pelo STF” caso seja eleito

Defesa da ex-deputada Flordelis tenta mudar local de julgamento

Advogado da ex-parlamentar alega que a juíza que conduz o caso estaria atuando de forma parcial

Paulo Moura - 14/04/2022 12h33 | atualizado em 14/04/2022 13h09

Ex-deputada federal Flordelis Foto: Michel Jesus/Câmara dos Deputados

A defesa da ex-deputada federal Flordelis, cujo julgamento está marcado para o dia 9 de maio, tentará transferir o local onde acontecerá a sessão do Tribunal do Júri que julgará a ex-parlamentar. A intenção é retirar o julgamento da cidade de Niterói, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, e levá-lo para a capital do estado.

De acordo com o entendimento do advogado Anderson Rollemberg, que representa Flordelis, a juíza Nearis dos Santos de Carvalho Arce, titular da 3ª Vara Criminal de Niterói e responsável pelos processos relacionados à morte do pastor Anderson, teria agido de forma parcial no julgamento realizado nesta semana, o que resultou na condenação de quatro réus ligados ao caso.

– Todo juiz tem que ser imparcial na condução da sessão de julgamento, e pelo julgamento de ontem/hoje [12 e 13 de abril], percebemos que a juíza conduz o julgamento sempre dificultando o exercício pleno dos advogados de defesa – alegou.

De acordo com a defesa da ex-deputada, o pedido de transferência do julgamento para a capital será realizado na próxima segunda-feira (18). Conforme Rollemberg, o pedido será fundamentado no que ele considera a demonstração de parcialidade na condução das oitivas das testemunhas.

QUATRO RÉUS CONDENADOS NESTA SEMANA
Após mais de 20 horas de duração, o segundo julgamento do caso que envolve a morte do pastor Anderson do Carmo se encerrou nesta quarta-feira (13) com a condenação dos quatro réus que estavam sob julgamento. Eram eles: Adriano dos Santos (filho biológico da ex-deputada Flordelis), Carlos Ubiraci (filho afetivo de Flordelis), Marcos Siqueira (ex-policial militar) e Andrea Santos (mulher de Marcos Siqueira).

Carlos Ubiraci foi absolvido das acusações de homicídio triplamente qualificado e de tentativa de homicídio, mas foi condenado a 2 anos e 2 meses de prisão por associação criminosa. Já Adriano foi condenado a 4 anos, 6 meses e 20 dias de prisão por associação criminosa e uso de documento falso.

O ex-PM Marcos Siqueira foi condenado a 5 anos e 20 dias de prisão por associação criminosa e uso de documento falso. Andreia, esposa de Marcos, foi condenada a 4 anos, 3 meses e 10 dias de prisão também por associação criminosa e uso de documento falso.

Condenado anteriormente a mais de 400 anos de prisão por participar de uma chacina que resultou na morte de 29 pessoas em 2005, Marcos foi o único dos quatro réus cuja pena foi determinada para ser cumprida inicialmente em regime fechado. Adriano, Carlos e Andreia cumprirão a pena inicialmente em regime semiaberto.

Leia também1 Júri condena os 4 réus no caso da morte de Anderson do Carmo
2 "Iniciativa foi da Flordelis, ela foi a mentora", diz delegado
3 Flordelis será julgada em maio pela morte do pastor Anderson
4 Globoplay prepara produção de documentário sobre Flordelis
5 "Flordelis oscila entre esperança e fundo do poço", diz advogada

Siga-nos nas nossas redes!
WhatsApp
Entre e receba as notícias do dia
Entrar no Canal
Telegram Entre e receba as notícias do dia Entrar no Grupo
O autor da mensagem, e não o Pleno.News, é o responsável pelo comentário.