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Damares rebate revista e nega ter tirado sua filha de tribo

Ministra respondeu acusação da Época de que teria levado Kajutiti Lulu Kamayurá irregularmente da família

Henrique Gimenes - 31/01/2019 15h20 | atualizado em 31/01/2019 15h36

Ministra Damares Alves e sua filha, Kajutiti Lulu Kamayurá Foto: Reprodução

A ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, negou, nesta quinta-feira (31), que Kajutiti Lulu Kamayurá, tenha sido retirada da tribo de maneira irregular. Em nota, a ministra disse que “é uma cuidadora de Lulu e a considera uma filha”. Ela contestou uma matéria da revista Época, do grupo Globo.

A reportagem, publicada nesta quinta, traz depoimentos de membros da aldeia Kamayurá, que fica no centro da reserva indígena do Xingu, no norte de Mato Grosso. Os indígenas afirmam que menina foi retirada irregularmente da tribo aos 6 anos de idade. A jovem agora está com 20 anos.

Os membros da tribo contaram que a menina foi levada da aldeia pela amiga de Damares, Márcia Suzuki, para realizar um tratamento dentário na cidade, mas que nunca mais voltou.

De acordo com Damares Alves, no entanto, Lulu ” saiu com total anuência de todos e acompanhada de tios, primos e irmãos para tratamento ortodôntico, de processo de desnutrição e desidratação. Também veio a Brasília estudar”.

A ministra explicou também que, “como não se trata de um processo de adoção, e sim um vínculo socioafetivo, os requisitos citados pela reportagem não se aplicam. Ela nunca deixou de conviver com os parentes, que ainda moram em Brasília”.

Por fim, a nota deixa claro que “Lulu não é pessoa pública. É maior de idade. Não foi sequestrada. Saiu da aldeia com familiares, foi e é cuidada por Damares com anuência destes. Nenhum suposto interesse público no caso deveria ser motivo para a violação do direito a uma vida privada, sem tamanha exposição”.

Capa da revista Época Foto: Reprodução

Veja a nota divulgada pela ministra:

Nota pública sobre repercussões relacionadas à matéria da revista Época

Sobre as repercussões relacionadas à matéria da revista Época no processo de adoção de Lulu Kamayurá, o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos esclarece os seguintes pontos:

1. A ministra Damares Alves não estava presente no processo de saída de Lulu da aldeia. As duas se conheceram em Brasília.

2. Lulu não foi arrancada dos braços dos familiares. Ela saiu com total anuência de todos e acompanhada de tios, primos e irmãos para tratamento ortodôntico, de processo de desnutrição e desidratação. Também veio a Brasília estudar.

3. Damares é uma cuidadora de Lulu e a considera uma filha. Como não se trata de um processo de adoção, e sim um vínculo socioafetivo, os requisitos citados pela reportagem não se aplicam. Ela nunca deixou de conviver com os parentes, que ainda moram em Brasília.

4. Lulu não foi alienada de sua cultura e passou por rituais de passagem de sua tribo.

5. Lulu não é pessoa pública. É maior de idade. Não foi sequestrada. Saiu da aldeia com familiares, foi e é cuidada por Damares com anuência destes. Nenhum suposto interesse público no caso deveria ser motivo para a violação do direito a uma vida privada, sem tamanha exposição.

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