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Cuidadora envia currículo e é humilhada por erros gramaticais

Atendente chegou a sugerir que era "por isso que ela não arrumava trabalho"

Gabriela Doria - 16/10/2021 11h43 | atualizado em 16/10/2021 11h51

Mulher foi hostilizada ao enviar currículo para asilo de idosos Foto: Pixabay

Uma cuidadora de idosos de 43 anos foi humilhada por uma atendente de um asilo, de Sorocaba, nesta semana, após cometer alguns erros de português em mensagens enquanto procurava uma vaga de trabalho. A mulher que recebeu o currículo de Cristiane Barros pelo WhatsApp da instituição sugeriu que ela fizesse um curso de português, e chegou a afirmar que era “por isso que ela não arrumava trabalho”.

Em prints enviados por Cristiane ao portal G1, é possível ver as sucessivas correções gramaticais e o tom hostil com que ela é tratada.

– Só uma dica. Da próxima vez, pergunte antes se a empresa está precisando desse tipo de serviço. É só uma dica, antes de enviar tudo se nem pedimos – disse a funcionária, esquecendo ela mesma de incluir uma vírgula na última frase.

Ao tentar se explicar, Cristiane pede “desculpas” por “encomendar”.

– É incomodar – corrige a atendente, indicando que achava o erro engraçado.

A cuidadora de idosos, então, volta a se desculpar e a justificar a procurar pela vaga: “Nossa desculpa. Porque agente nunca sabe dia de amanhã”. Cristiane é novamente hostilizada pela funcionária.

– E também não existe AGENTE é A GENTE. Seria bom você fazer um curso de português. Deve ser por isso que você não consegue uma vaga de trabalho – continuou, novamente incorrendo na falta de vírgula.

Prints feitos por Cristiane Barros Foto: Reprodução/WhatsApp

Em declaração ao G1, Cristiane contou que enviou o currículo por recomendação de um amigo, que afirmou que a clínica estava em busca de novos funcionários. Assim que mandou os documentos, ela passou a ser hostilizada pela atendente.

– Eu me senti muito mal. É muito triste pensar que existem pessoas assim, principalmente trabalhando com idosos. Fiquei chateada, porque não sou uma pessoa do mal. Fiz o curso, estou procurando emprego e batalhando por isso. Eu errei, alguns deles foram o corretor e não consegui arrumar. Foi sem querer – explicou.

Ainda segundo a cuidadora, ela tentou pedir novas desculpas e se justificar, mas seu número foi bloqueado.

Procurado, o asilo pediu desculpas e afirmou que não tinha conhecimento sobre a situação. A instituição também informou por meio de nota que “lamenta muito este tipo de conduta”. No entanto, o asilo destacou que, após apuração interna, já identificou que “nenhum dos empregados e funcionários foi emissor das mensagens”.

– Continuaremos as investigações internas e, caso algum prestador de serviços tenha realizado a conduta em nome da empresa, adotaremos as medidas corretivas necessárias – diz a nota.

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