Cuba anuncia que irá retirar médicos até o final do ano
País não aceitou novas condições dadas por Jair Bolsonaro ao programa Mais Médicos
Camille Dornelles - 19/11/2018 10h15 | atualizado em 19/11/2018 11h01
Neste domingo (18), o governo de Cuba anunciou que os mais de 8 mil médicos presentes no Brasil retornarão ao seu país antes do final do ano. O governo cubano suspendeu sua atuação no programa Mais Médicos após impasses com o presidente eleito, Jair Bolsonaro.
Autoridades dos ministérios de Saúde Pública e do Transporte cubanos informaram que foi feito um plano para o regresso “ordenado e seguro” dos médicos, a partir da próxima semana. A retirada deve terminar em meados de dezembro.
O vice-ministro do Transporte, Eduardo Rodríguez, explicou que todos os colaboradores da área de saúde retornarão por via aérea até o aeroporto internacional José Martí de Havana, na capital cubana, e de lá serão levados para suas casas nas diferentes províncias do país.
Além disso, Rodríguez disse que eles terão assegurados os envios de todos os seus pertences sem pagamento de tarifas.
Segundo o diretor da Unidade Central de Cooperação Médica do Minsap, Jorge Delgado Bustillo, os médicos terão o emprego garantido, assim como a possibilidade de prestar seus serviços em outras nações onde Cuba tem profissionais da saúde.
*Com informações da Agência EFE
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