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Empresário reforçou que medidas de restrição são desproporcionais

Pleno.News - 24/03/2020 19h03 | atualizado em 24/03/2020 20h10

Junior Durski se defende e questiona como ficará a assistência para os mais pobres Foto: Divulgação/Guilherme Pupo

O empresário paranaense Junior Durski, dono da rede de restaurantes Madero, usou novamente nesta terça-feira (24) as redes sociais, desta vez para pedir desculpas por ter sido “mal interpretado” com a fala divulgada no dia anterior.

– Me desculpem se alguém me interpretou mal. Nunca vou menosprezar uma vida sequer. […] Vou fazer de tudo para ajudar todas as pessoas e vou sempre apoiar todas as ações, mas não podemos ser desproporcionais e não podemos não pensar nas consequências econômicas – afirmou no novo vídeo.

Durski, no entanto, reforçou que entende as medidas adotadas como “desproporcionais”.

– Em Curitiba, fechou um hospital de otorrinolaringologia porque diz que não é essencial para as pessoas. Se alguém tiver uma inflamação na garganta vai ter problemas. […] Não faz sentido fechar feiras públicas de frutas e verduras. […] As pessoas que podem comer têm que comprar no supermercado e não na feira, mas o supermercado tem muito mais gente do que na feira. No supermercado não é arejado, na feira é arejada, estaria muito mais seguro. […] E não pensaram nos feirantes. São milhares de pessoas que quebraram porque fecharam – argumentou.

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Por favor, me desculpem se fui mal interpretado! @kethlendurski @laysadurski @maydurski @rafael_o_mello @gmunaretto @rvalverde73

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Citando uma reportagem televisiva sobre favelas brasileiras que mostrava aglomerações de pessoas numa mesma casa, Durski afirmou que os pobres não estão sendo assistidos na crise.

– Esse isolamento é muito bom, mas é bom para os ricos. Não estou falando mal de ricos, eu também sou, mas, minha mãe de 82 anos está completamente segura, sozinha no apartamento dela, mas e as outras pessoas que não têm, que estão na favela? […] Como vão ficar essas pessoas? Vão ficar aqui dentro no conforto do lar, das casas? – questionou.

O empresário mencionou ainda que crianças com acesso a merenda escolar ficarão sem comer com a suspensão das aulas.

– Fechem todos os jogos de futebol, os cinemas, os teatros, tudo que tenha aglomeração pública, mas mantenham a escola aberta para as crianças irem comer. As crianças têm que comer merenda, elas vão ficar com fome? Tem que ficar porque o vírus chegou? – disse.

Ao final da gravação, Durski apontou que é preciso pensar nos mais pobres, como os micro e pequenos empresários, no enfrentamento da crise.

– Vamos ser mais humanitários, mais racionais, pensar nas graves consequências que vão vir com a grave crise econômica. Li um artigo que diz que podem morrer bilhões de pessoas no mundo em razão da grave crise econômica que vai se instalar. Não estou preocupado comigo, temos condições de passar pela crise, mas os pequenos, não – afirmou.

*Folhapress

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