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Comandante do Nordeste é o preferido para chefiar Exército

No entanto, general não está no topo da "ordem natural" para assumir o cargo

Pleno.News - 30/03/2021 17h16 | atualizado em 30/03/2021 17h35

General Marco Antonio Freire Gomes é atual comandante militar do Nordeste Foto: Reprodução

O presidente Jair Bolsonaro poderá quebrar uma tradição no Exército se decidir nomear como próximo comandante do Exército o general Marco Antônio Freire Gomes. Comandante militar do Nordeste, Gomes é o nome mais cotado nos bastidores do governo para substituir o comandante do Exército, Edson Leal Pujol, que teve sua exoneração anunciada nesta terça (30), junto com a dos demais comandantes das Forças Armadas. O movimento acontece após a demissão do ministro da Defesa, general Fernando Azevedo e Silva.

Na hierarquia militar, os recém-exonerados comandantes estavam acima do novo ministro da Defesa, Braga Netto, pelo critério de antiguidade. No Exército, a tradição da escolha dos comandantes obedece à antiguidade dos generais de quatro estrelas, ou seja, quem tem mais tempo no topo da carreira. Em 2015, a então presidente Dilma ignorou isso e escolheu de uma lista tríplice o general Eduardo Villas Bôas, que à época era comandante de Operações Terrestres. Villas Bôas era o terceiro na ordem.

Segundo militares que acompanham a negociação, para nomear Freire Gomes Bolsonaro teria de “aposentar” seis generais mais antigos que ele. Isso porque eles passam à reserva se um oficial mais “moderno”, com menos tempo de Exército, for alçado ao comando.

Ao escolher Freire Gomes, Bolsonaro pode escapar ainda de outro nome que está prestes a se tornar o mais antigo entre os generais de quatro estrelas: o atual comandante de Operações Terrestres, general José Freitas. À frente dele estão apenas os generais Décio Schons e César Augusto de Nardi, que passarão oficialmente à reserva em abril e já foram substituídos no Alto Comando.

José Freitas teria, por tradição, a preferência para assumir o comando. Ele é apontado por deputados, senadores e militares como alguém que se opõe às mais recentes investidas políticas de Bolsonaro na caserna. Assim, estaria alinhado aos generais Fernando Azevedo e Silva, ex-ministro da Defesa, e ao agora ex-comandante Pujol. A escolha de Freitas é considerada pouco provável por generais.

*Estadão

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