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Colunista da Folha é criticado por exaltar Oruam e “sua arte”

Usuários das redes sociais reagiram contra artigo de Jairo Malta

Ana Luiza Menezes - 13/02/2025 16h45 | atualizado em 14/02/2025 13h40

Oruam Foto: Victor Chapetta / AgNews

O colunista da Folha de S.Paulo, Jairo Malta, foi criticado nas redes sociais por um artigo sobre a chamada Lei Anti-Oruam. O projeto, de autoria da vereadora de São Paulo Amanda Vettorazzo (União Brasil), tem como objetivo proibir shows abertos ao público menor de idade que promovam apologia ao crime organizado.

A proposta acabou associada ao rapper Oruam, que canta músicas com referências ao crime, drogas, prostituição e sexo.

No jornal, Malta exaltou Oruam e a “arte” do cantor, que é filho do traficante Marcinho VP, que está preso desde 1996.

Oruam constantemente usa sua visibilidade para fazer manifestações e pedir liberdade para o pai. Nas redes sociais, o rapper se manifestou sobre o projeto de Amanda. Ele disse que é revoltado por ter crescido sem pai e que aceita ser alvo da mídia, que precisa ter um vilão.

No texto, intitulado Lei Anti-Oruam: A favela só vira arte quando não é contada por quem a vive, Jairo diz que o projeto de lei “reacende debates históricos sobre censura, liberdade de expressão e o eterno moralismo travestido de preocupação social”.

– Imagina só: você cresce em um bairro periférico, rodeado por desafios, mas também por uma cultura vibrante, que transforma dor em arte e realidade em música. O funk e o rap se tornam mais do que gêneros musicais; são vozes, desabafos e resistências. Aí, chega uma lei dizendo que alguns artistas não podem mais se apresentar porque fazem “apologia do crime”. Mas quem decide isso? E por que esse controle nunca recai sobre outros estilos musicais? Bem-vindo ao novo capítulo da censura seletiva no Brasil.

E acrescenta:

– A recente proposta legislativa apresentada pela vereadora Amanda Vettorazzo, batizada popularmente de “Projeto Anti-Oruam”, reacende debates históricos sobre censura, liberdade de expressão e o eterno moralismo travestido de preocupação social. O projeto, que proíbe a contratação de artistas que supostamente façam “apologia ao crime e ao uso de drogas” em eventos da Prefeitura de São Paulo, é mais um capítulo da guerra seletiva contra a cultura periférica.

Nas redes sociais, usuários criticaram o texto de Malta.

– Preconceito é achar que a cultura da favela é defender crime e uso de droga – rebateu um.

– Não há nenhuma lei proibindo ninguém de cantar. A questão é o Estado financiar músicas que fazem apologia ao crime. Quer ser livre? Faça com o próprio dinheiro – reagiu outro.

– Esse sabe nada de comunidade, aprendeu o que sabe vendo novela. A Folha permitir que um artigo mal feito desse venha a tona é brincadeira. O funk surge como um movimento cultural, especialmente anos 80 e 90, mas começa a se perder nos anos 2000 quando a apologia as facções passa a ser o enredo, hoje a vulgarização da mulher é a tônica. Não, o funk hoje não representa o povo que acorda às 4 da manhã pra ir trabalhar e hoje presta um papel nocivo à comunidade. Folha é burguesa, sabe nada de nós – disse mais um.

COLUNISTA SE DEFENDE
Nesta sexta-feira (14), Jairo Malta entrou em contato com o Pleno.News afirmando que seu artigo Lei Anti-Oruam: A favela só vira arte quando não é contada por quem a vive não exalta Oruam.

– Em nenhum momento eu exalto o rapper Oruam, em nenhum momento o texto faz isso. Essa nota que vocês estão veiculando é mentirosa – pontuou.

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