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Colégio Pedro II diz que pode fechar as portas em setembro

Bloqueio no orçamento ultrapassa R$ 7 milhões. MEC se posiciona

Monique Mello - 02/06/2021 17h53 | atualizado em 02/06/2021 18h13

Colégio Pedro II adota pautas socialistas Foto: Reprodução

O Colégio Pedro II (CPII), no Rio de Janeiro, integrante da rede federal de ensino, informou que só há verba para manter as atividades até setembro, devido ao bloqueio de mais de R$ 7 milhões no orçamento destinado às despesas de manutenção.

Em nota, o colégio disse que o bloqueio impede que a instituição cumpra os compromissos já assumidos e que isso pode afetar o ano letivo.

– O colégio teve uma redução de, aproximadamente, 3,5% em seu orçamento de custeio, que tinha previsão de R$ 40.710.407, e caiu para R$ 39.313.375, com a aprovação da Lei Orçamentária Anual (LOA). Após o corte, o MEC ainda anunciou um bloqueio de 18,13% do orçamento de custeio, que representa R$ 7.128.795 do valor destinado ao pagamento de serviços continuados, como limpeza e vigilância, contas de água, luz, telefone e internet, compra de materiais de consumo e realização de obras de conservação – afirmou a reitoria.

A reitoria informa também que toda a rede federal foi impactada com redução orçamentária.

No início do mês, a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) anunciou que passa pelo mesmo problema.

– A situação orçamentária do CPII e da Rede Federal como um todo é extremamente preocupante. A cada ano dispomos de um orçamento reduzido para arcar com despesas que só aumentam; afinal, os contratos assinados não deixam de ser reajustados a cada ano. Isso compromete a qualidade dos serviços prestados à nossa comunidade escolar e inviabiliza a possibilidade de ampliarmos a oferta de cursos e de vagas para que mais cidadãos possam se beneficiar da educação de excelência oferecida pelo CPII – diz a nota.

No últimos tempos, a instituição de ensino tem chamado atenção por eventos progressistas e pró-socialismo, como a liberação do uso de saias para meninos e a celebração da Revolução Cultural Chinesa, por exemplo.

Em 2016, o colégio polemizou com a distinção do uniforme escolar por gênero Foto: Reprodução

POSICIONAMENTO DO MEC

O Ministério da Educação (MEC) informou que seu próprio orçamento sofreu cortes para 2021 e que o valor foi menor do que o do ano passado. Com isso, as unidades vinculadas à pasta foram impactadas com reduções de verba. A assessoria destacou que “mantém interlocução junto à equipe econômica do governo em busca de melhoria no contexto orçamentário atual para pasta”.

– Para encaminhamento da Proposta de Lei Orçamentária Anual das universidades federais, referente ao exercício financeiro de 2021, houve situação de redução dos recursos discricionários da pasta para 2021, em relação à LOA 2020, e consequente redução orçamentária dos recursos discricionários da Rede Federal de Ensino Superior, de forma linear, na ordem de 16,5% – informou o ministério.

Sobre o Colégio Pedro II, o MEC ressaltou que a Lei Orçamentária Anual 2021 destinou R$ 721 milhões para a instituição, sendo R$ 667,4 milhões para despesa de pessoal, R$ 51,8 milhões para despesas discricionárias e R$ R$ 1,8 milhão em emendas parlamentares.

– O MEC está atento à situação que preocupa suas unidades vinculadas e, na expectativa de uma evolução positiva do cenário fiscal, seguirá envidando esforços para reduzir o máximo que for possível os impactos na LOA 2021 – informou a pasta.

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