Colegas dizem que suspeito de matar Raíssa era instável
Alunos relataram que o adolescente tinha dificuldades de integração
Paulo Moura - 03/10/2019 08h48

Colegas de escola do adolescente de 12 anos que matou a menina Raíssa Eloá, no Parque Anhanguera, Zona Norte de São Paulo, relataram que o garoto tinha um temperamento instável, e que já havia brigado com meninas do bairro Morro Doce, onde ele e Raíssa moravam.
O menino, que está internado provisoriamente na Fundação Casa, será acompanhando por psicólogos e assistentes sociais do local. Os profissionais vão elaborar um laudo psicológico para decidir qual tratamento ele deve receber.
Vizinhos contaram, em entrevistas, que era comum ver o adolescente brincando na rua com Raíssa e uma outra garota. Uma colega de escola declarou, porém, que ele tinha dificuldade de se integrar com os outros alunos e que costumava brigar com as meninas. A versão foi confirmada pela mãe da garota.
– Eu já conhecia ele e sabia disso, desde uns três anos atrás. Fui conversar com ele e disse que não era para fazer isso [brigar com as meninas]. Ele ficou irritado comigo, mas nunca tive problema com ele – disse.
A jovem disse que, apesar da agressividade com as outras meninas, o adolescente até pedia para que ela fosse com ele na ida para a escola, e chegou a dar presentes para ela.
– Na hora da aula ele me via na frente de casa e corria pedindo para eu ir com ele. Ele chegou a me dar um anel de lembrança – completou.
Leia também1 Garoto pode ficar internado por tempo indeterminado
2 SP: Suspeito de matar Raíssa iniciou amizade há seis meses
3 Garoto disse que brincou com menina antes de matá-la