Witzel diz que respeita decisão do STJ sobre afastamento
Ele também afirmou que não cometeu nenhum ato ilícito
Pleno.News - 02/09/2020 19h12
Wilson Witzel (PSC) afirmou que respeita a decisão do STJ (Superior Tribunal de Justiça), que confirmou sue afastamento do Governo do Rio de Janeiro por seis meses nesta quarta-feira (2), mas reiterou que “jamais cometi atos ilícitos”.
– Respeito a decisão do Superior Tribunal de Justiça. Compreendo a conduta dos magistrados diante da gravidade dos fatos apresentados. Mas, reafirmo que jamais cometi atos ilícitos – escreveu Witzel em rede social.
E completou.
– Não recebi qualquer valor desviado dos cofres públicos, o que foi comprovado na busca e apreensão. Continuarei trabalhando na minha defesa para demonstrar a verdade e tenho plena confiança em um julgamento justo – acrescentou.
Witzel desejou ao governador interino, Cláudio Castro (PSC), seu vice, “serenidade para conduzir os trabalhos que iniciamos juntos e que possibilitaram devolver ao povo fluminense a segurança nas ruas e, com isso, a esperança em um futuro melhor”.
Na última sexta-feira (28), Gonçalves retirou o chefe do Executivo fluminense do cargo.
A corte especial do STJ é composta pelos 15 magistrados mais antigos do tribunal –o afastamento de Witzel dependia de maioria qualificada (dois terços).
Com a decisão, Castro, que também é investigado e tem se aproximado da família do presidente Jair Bolsonaro, inimiga de Witzel, seguirá no comando do Rio de Janeiro.
O despacho da sexta atendeu a pedido da PGR, que denunciou Witzel e outras oito pessoas, incluindo a primeira-dama Helena Witzel. A Procuradoria também havia pedido a prisão do governador, mas Gonçalves negou.
O recebimento da denúncia e a abertura de ação penal ainda não têm data para serem discutidas.
A PGR acusa Witzel de ter recebido R$ 554,2 mil em propina por intermédio do escritório de sua mulher.
Do montante, R$ 274,2 mil teriam sido repassados pelo empresário Mário Peixoto, que tem contratos com o Executivo do Rio de Janeiro.
Os outros R$ 280 mil, segundo a Procuradoria, foram pagos pelo Hospital Jardim Amália, que pertence à família de Gothardo Lopes Netto, médico e ex-prefeito de Volta Redonda.
*Folhapress
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