Witzel anuncia cancelamento de concessão do Maracanã
Governo planeja fazer uma parceria público-privada para administrar o complexo esportivo
Jade Nunes - 18/03/2019 14h57 | atualizado em 18/03/2019 16h09
O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, anunciou na manhã desta segunda-feira (18) que a concessão do Estádio do Maracanã com o Consórcio Maracanã S/A foi cancelada.
O grupo Odebrecht, investigado na Operação Lava Jato, venceu a concessão em 2013. O contrato, que valeria por 35 anos, estava suspenso desde setembro do ano passado. A Justiça apontou que a parceria apresentava ilegalidades.
O governo alega que, desde maio de 2017, as empresas não estão pagando as parcelas referentes à concessão, o que fez a dívida chegar a R$ 38 milhões. Por isso, a concessionária ficará inidônea, ou seja, não poderá firmar contratos com o estado por dois anos.
– Isso, em decorrência do descumprimento do contrato e em razão também de já haver uma decisão em primeira instância anulando a concessão. Estamos retomando o Maracanã – e isso sem prejuízo para a realização das partidas de futebol – ressaltou Witzel em entrevista coletiva.
A Odebrecht Entretenimento S/A e a Odebrecht S/A, que se uniram ao Consórcio Maracanã S/A, têm até o dia 19 de abril para deixar a administração.
O governo agora pretende fazer uma parceria público-privada (PPP) para administrar o complexo esportivo e revitalizar o entorno da região.
– Em 30 dias, vamos modular uma permissão de uso, até que achemos uma nova concessão através de parceria público-privada. Inclusive, uma área em cima da Supervia está sendo trabalhada, uma laje como foi feita no Hyde Park (sic) de Nova Iorque – explicou o governador.
O Hyde Park citado por ele, na verdade, fica em Londres, Inglaterra. A referência que ele quis usar é High Line, esse sim, localizado em Nova Iorque, Estados Unidos.
O projeto prevê empreendimentos como shoppings ou hotel no entorno e a manutenção do Estádio de Atletismo Célio de Barros, do Parque Aquático Júlio Delamare e do Museu do Índio.
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