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Paulo Moura - 19/03/2020 08h24 | atualizado em 19/03/2020 08h42

Não era noite de futebol, mas a quarta-feira (18) continuou barulhenta em boa parte do país. Das janelas, brasileiros decidiram se manifestar em favor do presidente Jair Bolsonaro e do governo federal em resposta a atos similares contra o chefe do executivo. Para a emissora mais rica do país, porém, foi como se a manifestação nem existisse.

O chamado “panelaço” contra Bolsonaro ocupou espaço no Jornal Nacional com direito até a desculpa do apresentador William Bonner por uma entrada ao vivo ter registrado uma música pró-Lula.

Entretanto, o movimento favorável, que veio minutos depois, e em maior escala em boa parte das grandes cidades brasileiras não recebeu o mesmo espaço. Bonner chegou a dizer que os atos foram “menores”, apesar das redes mostrarem o contrário.

Ao todo, os atos contra o governo ocuparam cerca de quatro minutos no conteúdo televisivo enquanto os favoráveis não passaram de um minuto.

A decisão da emissora motivou a ira de internautas nas redes sociais. A mobilização fez com que a #GloboLixo aparecesse na lista dos assuntos mais comentados do Twitter tanto na noite de quarta quanto na manhã de quinta-feira (19).

Os usuários aproveitaram o espaço das redes sociais para divulgar os atos que aconteceram em suas cidades e que foram escondidos do jornalístico global.

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