Thamirys Andrade - 31/08/2021 17h16 | atualizado em 31/08/2021 17h41

Uma das vítimas fatais do mega-assalto em Araçatuba (SP), o comerciante Renato Bortolucci chegou a gravar e enviar um áudio de WhatsApp após ser atingido por um tiro, enquanto filmava a ação dos bandidos, na segunda-feira (30).

– Nossa! Acho que fui atingido, ó, mano! Nossa Senhora, meu Deus! Ai – diz o comerciante no áudio compartilhado entre parentes e amigos.

 

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Pouco antes, Renato relatou que o “bagulho no centro está louco”, que os bandidos haviam “cercado a calçada” e que ele estava “no meio do tiroteio”.

A polícia suspeita que o empresário estacionou o seu carro na rua Luiz Pereira Barreto, no centro de Araçatuba, a fim de acompanhar e registrar a ação dos bandidos. No vídeo gravado instantes antes de morrer, Renato fala em tom de brincadeira, enquanto é possível escutar barulhos de tiros ao fundo:

– Peraí, que vou ajudar vocês aí! Peraí, rapaz! É o Renatinho. Vou trocar uma ideia com vocês aí. Não deu muito certo, não. Falei que ia trocar ideia com ele. Também quero uma fatia – declarou.

Bortolucci era proprietário de um posto de gasolina e deixou a esposa e duas filhas.

NOITE DE CRIME EM ARAÇATUBA
Araçatuba viveu uma madrugada de terror na segunda-feira (30), quando uma quadrilha de 20 criminosos realizou um assalto a agências bancárias, espalhou bombas pela cidade e usou pessoas como escudo humano, inclusive amarradas em cima de carros em movimento.

Além de Renato, o professor de educação física Márcio Victor Possa da Silva e um dos criminosos, Jorge Carlos de Melo, também morreram baleados.

Cinco homens se feriram durante a ação e foram levados para a Santa Casa de Araçatuba. Dois deles estão com escolta policial, pois são considerados suspeitos.

Até o momento, a polícia prendeu três outros suspeitos de integrar a gangue, entre eles um homem e uma mulher que teriam confessado que faziam a função de olheiros para a quadrilha. O terceiro suposto criminoso foi preso na região de Campinas, encaminhado a Araçatuba, e segue detido, de acordo com a Polícia Federal (PF).

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