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Pleno.News - 04/12/2024 10h39 | atualizado em 04/12/2024 12h13

Coronel Emerson Massera Foto: Reprodução/CNN Brasil

“Uma ação que sugere uma violação de direitos humanos grave”. É assim que o coronel Emerson Massera, porta-voz da Polícia Militar de São Paulo, classifica o caso em que um agente da corporação arremessou, na madrugada da última segunda-feira (2), um homem do alto de uma ponte na região de Cidade Ademar, Zona Sul de São Paulo.

Nesta terça-feira (3), a corporação instaurou um inquérito policial militar (IPM) e afastou 13 policiais envolvidos na ocorrência – as identidades dos envolvidos não foram reveladas. Os agentes são do 24º Batalhão de Polícia Militar (BPM), de Diadema, Região Metropolitana.

O episódio se junta a uma série de outras ocorrências que têm colocado em xeque a atuação da Polícia Militar de São Paulo, como as mortes recentes de uma criança de 4 anos em uma ação em Santos, no litoral paulista, e de um estudante de Medicina na Vila Mariana, na Zona Sul paulistana.

– É claro que [os casos] preocupam, que nos acendem um sinal de alerta, mas, diante de todas as ações que a Polícia Militar faz, nós não podemos considerar isso como regra, muito pelo contrário – afirmou Massera.

Um dos motivos, explica, é que, apesar de terem ocorrido em um curto espaço de tempo, os episódios tiveram dinâmicas distintas.

Em relação aos casos em sequência, a PM afirmou que tem buscado adotar medidas de forma mais intensa para encontrar alternativas menos letais.

– O comando está criando uma espécie de programa de redução de danos colaterais, porque é o que nós observamos nessas ocorrências, para estudar procedimentos e alternativas, talvez até com treinamentos mais específicos em alguns momentos e alternativas ao uso da força – disse Massera.

Nesta semana, também repercutiram imagens de um caso do começo de novembro em que um homem de 26 anos morreu baleado pelas costas por um policial de folga após furtar pacotes de sabão de um mercado no Jardim Prudência, na Zona Sul paulistana. Ao menos 11 tiros foram disparados na ocorrência, segundo informações preliminares.

Nesse caso, por exemplo, Massera reconhece a validade da ação do PM diante do furto, mas não a forma como o policial agiu.

– Quando a gente analisa as imagens, ele efetuou tiros nas costas, sem o ladrão oferecer nenhuma ameaça aparentemente. Sugere realmente um erro operacional importante – apontou.

O agente foi afastado das atividades. Massera afirma que o episódio ocorrido nesta semana é uma “ação dolosa”.

– Nada justifica o policial ter agido dessa maneira. É uma desproporção física que, quando você olha, fica até impressionado: é um policial muito maior do que ele. Sem contar que o homem não oferece resistência, ele está totalmente rendido – afirmou.

Os agentes envolvidos na ocorrência estavam com câmeras corporais, segundo o porta-voz. A PM agora trabalha com três vertentes para tentar esclarecer o caso.

– Primeiro, estamos procurando esse homem, que começou como um suspeito e terminou como vítima. Além disso, estamos fazendo a oitiva desses policiais e analisando as câmeras corporais – afirmou.

*AE

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