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Vale ignorou recomendações e usou explosivos em barragem

Mineradora não seguiu orientações dos engenheiros que fizeram laudo sobre estabilidade do terreno

Gabriela Doria - 10/02/2019 10h54 | atualizado em 11/02/2019 13h33

Barragem Mina do Córrego do Feijão, em Brumadinho Foto: Presidência da República/Isac Nóbrega

Documentos mostram que a mineradora Vale obteve uma licença do governo de Minas Gerais, em dezembro de 2018, para iniciar obras de expansão no Córrego do Feijão. A autorização estadual previa o uso de explosivos e de maquinários pesados, além do tráfego de retroescavadeiras.

No entanto, um laudo feito em julho de 2018, encomendado pela própria Vale à empresa alemã Tüv Süd, proibia o uso de explosivos, tráfego de maquinários pesados e também o aumento no volume de água da estrutura. De acordo com estudo, a barragem possuída estabilidade, mas estava no limite das normas de segurança brasileiras.

Ainda segundo o documento, havia falhas no sistema de drenagem e a mineradora deveria adotar medidas de segurança mais rígidas. Os engenheiros que prestaram a consultoria alertaram para a possibilidade de liquefação, fenômeno que acontece quando um material duro se transforma em fluido.

A liquefação é uma das possíveis razões que levaram ao rompimento da barragem de Brumadinho.

Até o momento, 157 pessoas morreram e outras 182 continuam desaparecidas.

A Secretaria Estadual do Meio Ambiente de Minas Gerais (Semad) afirmou que a mineradora, ao pedir a licença para as obras, entregou apenas o laudo dos engenheiros da Tüv Süd atestando a estabilidade da barragem. Segundo a Semad, a Vale não informou sobre as recomendações feitas pelos engenheiros.

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