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“Lágrima de sangue escorreu do olho dela”, diz mãe de jogadora

Andréa Rebello contou que a filha teve três paradas cardíacas antes de falecer

Paulo Moura - 17/11/2021 08h12 | atualizado em 17/11/2021 11h41

Núbia durante uma partida do time de Cravinhos Foto: Shai Neves

A morte da jogadora de vôlei Núbia Rebello, de 23 anos, após um trágico acidente de carro na Rodovia Anhanguera, quando o veículo que ela dirigia colidiu com um cavalo, ainda levanta questionamentos sobre quem seria o dono do animal ou por que ele estaria na estrada. Entretanto, para a mãe da jovem, Andréa Rebello, não há e nem se deve procurar culpados pela tragédia.

– Ninguém tem culpa de nada do que aconteceu. Havia mais três cavalos entrando na pista. Não quero saber quem é o dono e não quero que as pessoas tentem encontrá-lo. Animal se liberta mesmo e não temos como saber o que aconteceu. O que sei é que Deus emprestou a minha filha a mim, pediu que eu fosse a cuidadora dela e agora resolveu pegá-la de volta – disse a mãe de Núbia.

A atleta dirigia o veículo e tinha ao seu lado uma prima. As duas vinham de Ribeirão Preto (SP) e já se aproximavam de Cravinhos (SP), onde a jogadora morava. No momento em que Núbia deu sinal para entrar na cidade onde vivia, um cavalo atravessou a pista. A colisão foi do lado do passageiro, onde estava a prima de Núbia, que passa bem. Mas, o animal, que morreu na hora, atingiu Núbia em cheio.

Andréa chegou rápido ao local do acidente e seguiu a ambulância até o hospital. Disse que se despediu da filha na UTI, antes da primeira parada cardíaca. A mãe contou ao jornal O Globo que Núbia teve três paradas cardíacas. A primeira durou cinco minutos, e ela conseguiu ser reanimada. A seguinte, seis minutos. Mas, após oito minutos de uma terceira tentativa, não foi possível reanimá-la.

– Antes de ser entubada, nos levaram para um setor específico, para nos acolher, e veio esta notícia da primeira parada cardíaca. Eu quis falar com ela. Na minha cabeça, daria força para ela voltar bem. Entrei na UTI e pedi para que ela tivesse força. Estava com o rosto muito inchado. O que vi foi a parte do nariz para baixo, a boquinha. Quando falamos, eu e o pai dela, que a amávamos muito, deitados em peito, senti uma lágrima; era uma lágrima de sangue. Foi um lágrima para nós – relatou.

A mãe da atleta ainda contou que se sentiu confortada pela equipe médica. De acordo com ela, cerca de 13 profissionais estavam na UTI tentando manter Núbia viva, e uma enfermeira, inclusive, abraçou-a o tempo todo. Andréa se diz grata pelo trabalho médico, mesmo que não tenha levado a filha de volta para casa.

– O que vi nesta UTI foram profissionais competentes e humanos. Todos estavam com lágrimas nos olhos quando viram nossa despedida – completou.

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