Um ano após crime, George e Juliana ainda não foram a júri
Um ano após crime, George e Juliana ainda não foram a júri
Pastores acusados pela morte dos filhos podem enfrentar decisão popular
Camille Dornelles - 22/04/2019 10h52 | atualizado em 24/04/2019 14h51
Neste domingo (21), a morte dos meninos Kauã Butkovsky, de 6 anos, e Joaquim Alves, de 3, completou um ano. O crime trágico ocorrido em Linhares, no Espírito Santo, continua sem solução. Os pastores Juliana Salles e Georgeval Alves seguem presos preventivamente acusados de planejar o assassinato.
De acordo com a Vara Criminal de Linhares, o juiz responsável pelo caso, André Dadalto, dará um parecer sobre o caso até o fim do mês. Ele deve escolher se o casal enfrenta ou não um júri popular.
Mesmo após um ano de investigações, porém, não há um veredito sobre o envolvimento de cada um. Até agora, o processo analisou as evidências e depoimentos de testemunhas. Ele segue em sigilo de Justiça.
George é apontado como o autor do crime. Ele foi acusado de molestar, agredir e matar os dois irmãos carbonizados dentro de sua casa. Juliana é acusada de acobertar o crime.
RELEMBRE O CASO
No dia 21 de abril de 2018, a casa dos dois pastores pegou fogo e os irmãos, Joaquim e Kauã, que estavam em um dos quartos, morreram. O pastor Georgeval Alves, pai de Joaquim e padrasto de Kauã, estava com as crianças e afirmou que tentou salvá-las, mas não conseguiu.
A mãe, pastora Juliana, estava viajando com o outro filho do casal. Após investigações da Polícia Civil, ficou constatado que o incêndio foi criminoso e que Georgeval havia sido o responsável. Além disso, ficou comprovado que ele teria abusado dos dois meninos, além de espancá-los e deixá-los inconscientes no quarto. A causa da morte foi carbonização.
No dia 28 daquele mês, Georgeval foi preso. Uma investigação continuou em curso para avaliar se Juliana sabia das intenções do marido. Ela foi detida duas vezes, acusada de premeditar os crimes e acobertá-los.
Ambos enfrentam um longo processo penal. Ela responderá por conduta omissiva. O marido é acusado de duplo homicídio qualificado, estupro de vulneráveis, tortura e fraude processual.
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