Ana Luiza Menezes - 29/11/2018 16h25 | atualizado em 29/11/2018 16h26

A empresa Uber decidiu deixar de patrocinar o desfile do Grupo Especial do carnaval carioca. O aplicativo de transporte voltou atrás em um acordo com a Riotur, que previa a renovação do apoio financeiro para o próximo ano.

No carnaval 2018, houve repasse de verbas por parte do aplicativo, beneficiando as escolas que receberam R$ 500 mil. Com a decisão, a festa carioca sofreu mais uma baixa.

Para a Riotur, a razão para a suspensão foi a prisão do deputado estadual Chiquinho da Mangueira, presidente da Mangueira. A empresa, que é americana, teria ficado assustada com o fato e acabou formalizando a suspensão do patrocínio nesta semana.

Em uma conversa informal com membros da empresa municipal de Turismo, representantes da Uber chegaram a falar sobre o caso de Chiquinho. Depois, já como parte do documento sobre o fim do apoio, o aplicativo explicou que a direção desautorizou vínculo com o carnaval.

Para Marcelo Alves, presidente da Riotur, a atitude foi errada. Surpreso, ele argumentou que a a decisão não considerou o fato de que Chiquinho ainda não foi julgado nem condenado. Ainda segundo ele, isso causará um “dano gigantesco” à cidade do Rio de Janeiro.

– Não podem ter uma atitude radical prejudicando todas as escolas de samba, prejudicando a cidade do Rio. Isso é uma forma equivocada. (…) Uma atitude fria contra o Rio, contra o maior espetáculo da terra. Prejudicando milhares de profissionais que trabalham no desfile das escolas de samba – declarou.

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