Túnel que desabou no RJ foi atingido por toneladas de lixo
Origem do lixo seria a mansão de uma tradicional família carioca
Jade Nunes - 28/06/2019 14h17






Uma tradicional família do Rio de Janeiro, os Amaral, é apontada por vizinhos como proprietária da mansão de onde foi despejado o lixo que provocou o deslizamento de túnel na Zona Sul da Cidade.
Procurados desde a tarde desta quinta-feira (27), os representantes legais da família afirmam ter dificuldades para localizar seus clientes.
Segundo a Prefeitura, foram despejadas 144 toneladas de lixo na encosta do Túnel Acústico Rafael Mascarenhas, causando “dano sem precedentes à mobilidade urbana no eixo Zona Sul-Barra”. No desabamento, um ônibus foi atingido pela estrutura, mas não houve feridos nem vítimas fatais.
A casa pertence aos herdeiros de uma antiga rede supermercados. Muito popular na década de 80, o Disco tinha lojas por toda a cidade. Procurado desde a tarde desta quinta-feira, o empresário Francisco Amaral não se manifestou.
Na tarde de quinta, a Prefeitura do Rio informou que irá multar, em cerca de R$ 3,3 milhões, o proprietário do imóvel do Jardim Pernambuco em decorrência do desabamento que causou a queda da estrutura do túnel no último dia 17 de maio.
– A encosta deslizou por conta de descarte irregular de lixo por parte do proprietário da casa, em uma das áreas mais nobres da cidade – diz a nota divulgada pela Prefeitura.
Foram encontrados, entre outras coisas, guaritas, pneus, eletrodomésticos e móveis. A multa, que será do valor da obra realizada no local, de cerca de R$ 3 milhões, será aplicada na próxima semana. Localizada em área nobre, a casa tem heliponto e piscina olímpica.
*Folhapress/Catia Seabra
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