TRF-2 nega pedido de liberdade a filho de Picciani
Felipe Picciani está preso desde novembro acusado de integrar um esquema, junto ao seu pai, de lavagem de dinheiro meio da compra de cabeças de gado
Henrique Gimenes - 14/03/2018 21h55
A 1ª Turma Especializada do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2) negou, nesta quarta-feira (14), um pedido de habeas corpus feito pela defesa de Felipe Picciani. Ele é filho do presidente afastado da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), Jorge Picciani, e está preso na Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica, na zona norte do Rio.
O deputado Jorge Picciani também se encontra na mesma unidade. Os dois são investigado na operação Cadeia Velha. Segundo o Ministério Público Federal (MPF), Felipe Picciani, que é sócio do pai na empresa Agrobilara, participou de um esquema de lavagem de dinheiro por meio da compra de cabeças de gado. Ele está preso desde o dia 14 de novembro.
No pedido, a defesa de Felipe argumentou que não há provas de seu envolvimento no esquema, já que ele era possuía função técnica na empresa. Para o desembargador Paulo Espírito Santo, no entanto, “há indícios de que o paciente participava ativamente dos negócios supostamente ilícitos de seu pai e que contribuiu para o sucesso do audacioso estratagema criminoso que arruinou o estado do Rio de Janeiro”.
O desembargador ainda afirmou que “considerando que a custódia preventiva nesse caso, neste momento, é necessária e adequada para que se garanta a conveniência da instrução penal ante a possível ingerência do paciente nos inúmeros meios de prova a serem produzidos, e evitar a continuidade da prática ilícita, já que as empresas estão em pleno funcionamento, o segregamento deve ser mantido”.
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