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TRF-2 aceita denúncia contra Picciani e deputados do PMDB

Grupo é acusado de envolvimento em esquema de propinas no setor de transportes do Rio de Janeiro

Henrique Gimenes - 15/03/2018 21h57 | atualizado em 27/03/2018 18h16

Edson Albertassi, Paulo Melo e Jorge Picciani Foto: Reprodução/TV Globo

O Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2) aceitou, nesta quinta-feira (15), denúncia contra os deputados Jorge Picciani, Edson Albertassi e Paulo Melo. Os desembargadores da Primeira Seção Especializada aceitaram a acusação do Ministério Público Federal (MPF) por unanimidade.

O grupo está preso na Cadeia Pública em Benfica, Zona Norte do Rio de Janeiro, desde novembro de 2017. Na acusação enviada ao TRF-2, os procuradores afirmam que Picciani teria recebido pelo menos R$ 50 milhões em propina em um período de cinco anos.

Os parlamentares, que fazem parte do PMDB, foram acusados, junto a outras 16 pessoas, do crimes de corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Todos são investigados na operação Cadeia Velha, que apura o pagamento de propina no setor de transportes do Rio de Janeiro.

Segundo o relator, desembargador Abel Gomes, “é plausível que tenha ocorrido crime de corrupção”. Ele foi acompanhado por Messod Azulay Neto, Paulo Espírito Santo, Simone Schreiber e Marcello Granado.

Os valores que Jorge Picciani recebeu estão em uma planilha apresentada pelo MP que foi entregue pelo operador financeiro do esquema, o doleiro Álvaro José Novis. Ele era o intermediário dos pagamentos da Fetranspor. Segundo o órgão, o presidente da Alerj recebe propina desde os anos 90.

Ainda segundo MPF, o deputado Edson Albertassi, além de outras acusações, teria recebido valores mensais da Fetranspor entre 2012 e março deste ano. Já Paulo Melo teria recebido falsas doações da Odebrecht para financiar sua campanha eleitoral.

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