Henrique Gimenes - 05/02/2019 16h18 | atualizado em 05/02/2019 16h35

O ex-governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão (MDB), foi condenado por abuso de poder político e econômico e ficará inelegível até 2022. A decisão foi dada pelos desembargadores do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RJ) após um parecer Procuradoria Regional Eleitoral.

O processo, movido pelo deputado federal Marcelo Freixo (PSOL-RJ), acusava Pezão e seu vice, Francisco Dornelles (PP), de conceder benefícios financeiros a empresas em troca de doações para a campanha eleitoral em 2014. Dornelles foi absolvido.

As investigações apontaram cinco casos de abuso de poder, a concessão de títulos de indenização à construtora Queiroz Galvão, o pagamento a mais em contratos da Oi/Telemar, prorrogações sucessivas de consórcios ineficientes, uso de comodato em bens públicos para favorecimento da JBS e a arrecadação de R$ 40 milhões a mais do que o segundo candidato de maior receita na campanha.

Para a Procuradoria Regional Eleitoral, a “gravidade dos fatos configurou o ato abusivo, dada a articulação de recursos financeiros à disposição do Estado em prol da campanha eleitoral.

Pezão atualmente está preso no Batalhão Especial Prisional da Polícia Militar, em Niterói, desde o dia 29 de novembro. Ele é acusado de participação na quadrilha do ex-governador Sérgio Cabral.

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