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Trans mata amigo e assume identidade dele para roubar bens

Patrimônio da vítima é avaliado em R$ 1 milhão

Monique Mello - 31/08/2022 14h47 | atualizado em 31/08/2022 16h32


Maryana Elisa Rimes Paulo e a vítima, Marcelo do Lago Limeira

A Polícia Civil de São Paulo prendeu Maryana Elisa Rimes Paulo, um transexual, nesta segunda-feira (29), acusado de matar o amigo e assumido sua identidade para se apossar dos bens. A prisão ocorreu em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista.

A vítima chamava-se Marcelo do Lago Limeira e teria conhecido Maryana, que é cantora e maquiadora, em festas. De acordo com a polícia, o crime ocorreu há mais de um ano, tendo Maryana recebido a ajuda de um comparsa, identificado como Ronaldo Bertolini, que está foragido.

Marcelo também passava pela transição de gênero, o que o teria unido à suspeita. Quando ele passou por uma primeira cirurgia no rosto, Maryana hospedou-se em sua casa, com o argumento de que cuidaria do amigo no pós-operatório. A vítima foi morta por doses excessivas de medicamentos, administradas por Maryana. Ronaldo Bertolini foi o fornecedor.

A dupla suspeita tentou livrar-se do corpo da vítima em um sítio, ateando fogo, porém sem êxito. Por fim, acabaram abandonando o cadáver na Estrada Edgar Máximo Zambotto, que liga a Grande São Paulo ao município de Jundiaí.

Após o crime, Maryana assumiu a identidade de Marcelo, recebendo aluguéis de apartamentos alugados por ele, além de uma mesada que uma tia pagava todos os meses. O patrimônio da vítima girava em torno de R$ 1 milhão.

– O escrevente narra que uma pessoa do sexo feminino se apresentou no cartório com os documentos originais, todos do Marcelo. E quando questionado a respeito da divergência dos documentos masculinos e de uma pessoa feminina, a pessoa explicou que ela havia feito uma transição de gênero e não tinha mudado os documentos ainda. Mas que na verdade se tratava do próprio Marcelo – explicou o delegado Cristiano Luiz Sacrini Ferreira.

A farsa começou a ser descoberta em abril deste ano, quando uma gerente de banco desconfiou que Maryana não era Marcelo e resolveu avisar à polícia.

Ainda de acordo com o delegado, a motivação do crime ia além da financeira. Ele afirma que Maryana, vaidosa, não gostava da ideia de Marcelo transformar-se em uma mulher mais atraente que ela.

– A Maryana se ressentia muito porque ela acredita que, após a cirurgia de transição de gênero, o Marcelo ficaria uma mulher mais atraente, mais bonita que ela própria – declarou Cristiano Sacrini.

A defesa da mulher trans informou que irá se manifestar apenas após a conclusão de todos os atos legais da investigação.

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