TJ-SP inaugura sua primeira obra de arte inspirada no Candomblé
Peça representa um machado sagrado da religião de matriz africana
Thamirys Andrade - 10/10/2025 17h05 | atualizado em 10/10/2025 18h39

O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) inaugurou, nesta quinta-feira (9), uma obra de arte inspirada no candomblé, que passará a integrar o acervo da biblioteca da instituição. Criada pelo artista Diego de Oxóssi, a peça representa o machado sagrado da religião e é a primeira dedicada às tradições de matriz africana no tribunal.
O machado duplo chama-se Oxê de Xangô e, segundo Diego Oxóssi, simboliza imparcialidade e equilíbrio. O artista afirma querer que o machado sagrado seja “reconhecido como uma expressão artística e cultural de grande importância”, celebrando suas raízes e tradições.
– O Oxê de Xangô é mais do que uma escultura: é um gesto de reparação simbólica e de diálogo entre mundos. Ver esse símbolo do candomblé ocupar um espaço de destaque dentro do Tribunal de Justiça é um marco de reconhecimento da força, da ética e da ancestralidade. É o sagrado sendo acolhido por uma instituição que representa a justiça, exatamente o domínio de xangô – declarou.
A peça ficará disponível para observação de visitantes em uma cúpula feita de madeira e vidro localizada na biblioteca da instituição.
De acordo com a cultura iorubá, xangô é o orixá dos trovões e relâmpagos, também considerado guardião da justiça e protetor dos menos favorecidos.
Conforme Censo Demográfico feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a quantidade de brasileiros que afirma ser da umbanda ou candomblé chegou a 1% em 2022.
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