Jade Nunes - 13/03/2019 11h53 | atualizado em 13/03/2019 16h55

A comerciante Jozielma Soares dos Santos, de 48 anos, trabalha em uma oficina a cerca de 200 metros da Escola Estadual Professor Raul Brasil, em Suzano, na Grande São Paulo, e contou o que viu na manhã desta quarta-feira (13) após o ataque que deixou 10 mortos.

– Daqui da oficina deu para ouvir muitos tiros. De repente, começou a sair muita gente correndo da escola. As crianças saíam correndo, chorando muito, gritando. Uma menina entrou aqui na oficina desesperada, pediu meu celular emprestado para ligar para a mãe, mas a ligação não completava. Foi uma cena horrível – relatou ao jornal O Globo.

A aluna abrigada por Jozielma afirmou que os atiradores começaram o massacre logo após o sinal tocar.

– Ela disse que eles diziam que iam matar todo mundo, que iam jogar uma bomba. Alguns alunos se trancaram no refeitório e outros fugiram pelo portão. O clima aqui está muito tenso, tem muitos pais chegando à escola para procurar os filhos – disse a comerciante.

Já uma auxiliar administrativa de 30 anos, que não quis se identificar, acolheu um grupo de alunos da escola no escritório onde trabalha. Segundo ela, os adolescentes estavam muito assustados, especialmente uma menina que estava com o uniforme sujo de sangue.

– Ela disse que se fingiu de morta para não ser atingida também. Dois colegas dela foram feridos. Ela não conseguiu falar direito o que aconteceu, estava em estado de choque. Depois o pai dela veio buscá-la e a levou para o hospital – afirmou à publicação.

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