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Testemunhas dão detalhes sobre morte do jogador Daniel

Eles afirmaram que Cristiana pediu para assassinato não ser dentro de casa

Camille Dornelles - 22/02/2019 08h31

Jogador Daniel Correa Foto: Divulgação/São Bento FC

Nesta quinta-feira (21), a Justiça do Paraná divulgou novas provas que incriminam a família Brittes pelo assassinato do jogador Daniel Corrêa, do São Paulo. Nas primeiras audiências, uma testemunha de acusação afirmou que Cristiana Brittes, esposa de Edison Brittes, pediu para que o crime não fosse feito dentro de casa.

Segundo a testemunha, ela falou isso para a filha do casal, Allana Brittes, enquanto o jogador estava sendo espancado em um dos quartos.

– Ouvi ela dizer: “não deixem matar ele aqui dentro de casa”. Daí a Allana olhou para ela e falou: “mãe, você sabe como é o pai” e saiu para fora – disse, no relato.

Outra testemunha da mesma sessão confrontou a versão, modificando um pouco a parte final da conversa.

– Ela (Cristiana) disse para Allana: “Não deixa seu pai fazer isso dentro da minha casa. Você sabe como ele é” – apontou.

Todas as testemunhas estavam na casa da família Brittes após a festa de aniversário de 18 anos de Allana. As cinco viram o jogador ser brutalmente agredido e humilhado na residência por Edison e por outros três amigos dele: Eduardo da Silva, David William Voleiro da Silva e Ygor King.

RELEMBRE
O crime aconteceu no dia 27 de outubro de 2018, em São José dos Pinhais, interior do Paraná. A primeira investigação indicou que Daniel morreu após ter sido submetido a uma série de espancamentos na casa dos Brittes. Edison Brittes assumiu a autoria do crime, e disse que o fez porque Daniel estava tentando estuprar sua esposa.

Posteriormente, porém, investigadores constataram que a causa da morte foi degola parcial do jogador e que aconteceu fora da residência. Além disso, o delegado Amadeu Trevisan disse que não houve tentativa de estupro por parte de Daniel contra Cristiana.

Cristiana Brittes, esposa de Edison, responde pelos crimes de homicídio qualificado por motivo torpe, coação do curso de processo, fraude processual e corrupção de menor.

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