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Temer assina decreto de intervenção federal no Rio

Em discurso, presidente disse que o crime organizado quase tomou conta do estado

Henrique Gimenes - 16/02/2018 15h12 | atualizado em 16/02/2018 15h18

Presidente Michel Temer, ao lado do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, e do governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, durante cerimônia de assinatura de decreto de intervenção Federal no estado Foto: Beto Barata/PR

O presidente Michel Temer assinou, no início da tarde desta sexta-feira (16), o decreto que estabelece a intervenção federal na segurança pública do Rio de Janeiro. Temer também fez um discurso explicando a decisão do governo.

Pelo decreto, as Forças Armadas irão assumir o comando das polícias civil e militar no estado até o dia 31 de dezembro deste ano. O responsável pelo controle será o general Walter Souza Braga Netto, do Comando Militar do Leste, nomeado interventor. Ele também terá o comando da Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) e do Corpo de Bombeiros.

O documento foi assinado ao lado do governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e dos ministros da Defesa, Raul Jungmann, da Justiça, Torquato Jardim, da Fazenda, Henrique Meirelles, da Secretaria-Geral da Presidência, Moreira Franco, e do Gabinete de Segurança Institucional, Sérgio Etchegoyen.

O decreto precisará passar pela Câmara dos Deputados. Após a assinatura do decreto, o presidente explicou os motivos para o governo ter tomado a medida, a primeira desde a Constituição de 1988. Para o presidente, a criminalidade está fortalecida no estado, o que exigiu a ação.

– O crime organizado quase tomou conta do estado do Rio de Janeiro. É uma metástase que se espalha pelo país e ameaça a tranquilidade do nosso povo – ressaltou.

Temer disse ainda que o governo “dará respostas duras e firmes” no combate ao crime organizado e às quadrilhas. Ele apontou que o Rio de Janeiro passa por uma situação de guerra, com “bairros inteiros sitiados, escolas sob a mira de fuzis e avenidas transformadas em trincheiras”.

– A desordem é a pior das guerras. Começamos uma batalha, em que nosso único caminho só pode ser o sucesso. E contamos com todos os homens e mulheres de bem ao nosso lado, apoiando e sendo vigilantes nessa luta – destacou.

O presidente explicou que a medida tem o objetivo de “restabelecer a ordem” no estado. Para ele, “é intolerável” o enterro de “pais e mães de família, trabalhadores, policiais, jovens e crianças”. Michel Temer ainda disse que todas as “providências necessárias” serão tomadas.

– As polícias e as Forças Armadas estarão nas ruas, nas avenidas e nas comunidades. Nossos presídios não serão mais escritórios de bandidos, nem nossas praças continuarão a ser salões de festa do crime organizado. Nossas estradas devem ser rotas seguras para motoristas honestos – afirmou.

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