TCE-RJ nomeia conselheiro substituto de Domingos Brazão
Brazão está preso preventivamente pela suspeita de ter mandado assassinar a vereadora Marielle Franco
Pleno.News - 28/03/2024 20h21 | atualizado em 01/04/2024 16h14
O Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ) convocou, nesta quinta-feira (27), Christiano Lacerda Ghuerren como conselheiro substituto para atuar no lugar de Domingos Brazão por tempo indeterminado. Brazão está preso preventivamente pela suspeita de ter mandado assassinar a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes, em março de 2018.
O conselheiro substituto tomou posse em 2018 e atua quando algum conselheiro precisa se ausentar, normalmente, em caso de férias ou licença. É a segunda vez que Domingos Brazão será substituído no cargo.
Em 2017, na Operação Quinto do Ouro, desdobramento da Operação Lava Jato, ele foi detido por suspeita de corrupção e fraude. Na época, mais quatro conselheiros do TCE-RJ também foram presos após delações de acusados de lavagem de dinheiro e corrupção passiva.
Solto após uma semana, o conselheiro ficou afastado de suas funções por determinação do Superior Tribunal de Justiça (STJ), mas continuou recebendo salário. Ele apenas retornou ao cargo em maio de 2023, quando o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Kassio Nunes Marques alegou que não havia mais motivos para o afastamento.
No último domingo (24), a Operação Murder Inc. deflagrada por Polícia Federal (PF), Procuradoria-Geral da República (PGR) e Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), prendeu Domingos, o irmão dele, deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), e o delegado Rivaldo Barbosa, que era o chefe da Polícia Civil do Rio no dia em que Marielle foi executada.
Os três são acusados de serem os “autores intelectuais” do assassinato.
A operação foi deflagrada dias depois de o Supremo Tribunal Federal (STF) homologar a delação premiada do ex-policial militar Ronnie Lessa, apontado como o executor do crime. Também são apurados supostos crimes de organização criminosa e obstrução de Justiça. Os três suspeitos negam participação.
*AE
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