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Manifestação de taxistas do Rio é marcada por tumultos

Houve protesto em diferentes pontos da cidade. Sede da Prefeitura foi o principal

Gabriela Doria - 27/07/2017 08h05 | atualizado em 27/07/2017 16h19

Protesto de taxistas no Rio de Janeiro Foto: EFE/Marcelo Sayão

Desde o início desta quinta-feira (27), centenas de taxistas se reuniram nos principais pontos da cidade do Rio de Janeiro. O ato foi em protesto contra o Uber, o Cabify e o 99, os principais aplicativos de transportes de passageiros. Houve tumulto e correria na sede da Prefeitura, quando os manifestantes tentaram bloquear a Av. Presidente Vargas. O Batalhão de Choque (BPChoq) lançou spray de pimenta na tentativa de dispersar a aglomeração.

Em determinados momentos, os motoristas lançaram morteiros contra os policiais, que revidaram com bombas de gás lacrimogênio e tiros de borracha. Foram registradas também agressões contra os profissionais que não aderiram ao movimento e a supostos motoristas particulares. Um homem foi detido momentaneamente, porém foi liberado logo em seguida, quando taxistas pressionaram policiais que estavam em menor número.

De acordo com a Secretaria Municipal de Transportes (SMTR), até ás 10h50 foram contabilizados 60 km de congestionamento. Entre 11h e 11h50, o Metrô Rio fechou a saída F da estação da Cidade Nova, que desemboca na sede da Prefeitura. No momento, a Av. Presidente Vargas já está liberada. A rua Afonso Cavalcante segue interditada e o acesso da Elevado Paulo de Frontin para a Praça Irmãos Bernardeli também está fechado.

Em comunicado, o Sindicato dos Taxistas Autônomos do Município do Rio de Janeiro explicou que a principal reivindicação é a equiparação do trabalho dos motoristas de aplicativos com o dos taxistas.

O prefeito do Rio, Marcelo Crivella, convocou uma coletiva de imprensa. Crivella afirmou que o governo está trabalhando para que os motoristas particulares sejam regularizados e trabalhem em condições de igualdade com os amarelinhos. Entretanto, admitiu que as ações da prefeitura dependem do posicionamento da Justiça, pois qualquer mudança nesse sentido deve ter o amparo da legalidade.

Como forma de atenuar a situação dos taxistas, a prefeitura já aumentou de seis para oito anos o tempo de uso dos táxis convencionais. Na coletiva, o prefeito destacou que pretende lançar o aplicativo Taxi.Rio, que irá funciona nos moldes dos atuais apps de transporte. Crivella já liberou o uso do corredor do BRT para o Aeroporto Internacional Tom Jobim para os amarelinhos. E também estuda a possibilidade de aumentar as vagas de estacionamento nos pontos turísticos, como Quinta da Boa Vista e Cristo Redentor.

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