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Suzano: Pai de menino cristão que morreu fala sobre perda

"Samuel era um menino que tinha muitos sonhos, muitos talentos", destacou

Ana Luiza Menezes - 14/03/2019 17h27 | atualizado em 14/03/2019 19h05

Em entrevista ao programa Balanço Geral, da Record TV, o impressor gráfico Gersialdo Melquíades de Oliveira, pai de Samuel Melquíades de Oliveira, falou sobre a perda de seu filho. Nesta quinta-feira (14), ele contou como foram os últimos dias ao lado do rapaz, que foi uma das vítimas do massacre que aconteceu na Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano, São Paulo.

Samuel tinha 16 anos e faria aniversário em julho. Gersialdo relatou como foi difícil descobrir o que tinha acontecido com o menino, que perdeu a vida na última quarta-feira.

Segundo o pai, a notícia demorou para chegar e só surgiu por volta das 14 ou 15 horas. Ele disse que já tinha perdido a noção do tempo. As famílias foram levadas a um local onde eram levadas para uma sala onde informavam os nomes das crianças e, assim, ficavam sabendo se estavam mortas ou feridas.

A família de Samuel foi a segunda a entrar e, infelizmente, recebeu a informação que mais temia. No dia da tragédia, o menino tinha ido sem o RG e isso deu esperanças aos pais de que ele poderia estar apenas não identificado ainda.

Ciente da perda, o pai compareceu ao velório coletivo, realizado na Arena Suzano. Foi no local que ele deu mais detalhes sobre como era o filho.

– Samuel era um menino de ouro. Era um menino com muitos sonhos, que tinha muitos talentos – disse.

O último momento marcante entre pai e filho foi na segunda-feira, quando eles participaram de um programa da TV Novo Tempo, da Igreja Adventista.

– Fomos convidados para fazer desenhos. Sempre gostamos de desenhar. Está aqui a camisa que eu fiz. Naquele dia, a gente desenhou junto e foi a primeira vez que a gente fez isso. Lá, a gente teve a oportunidade de mostrar o nosso trabalho para os pastores que ali estavam e Samuel vibrou muito – relatou.

Para Gersialdo, aqueles instantes agora representam um presente de Deus, uma vez que o garoto acabou tendo sua vida tirada.

– Eu digo que essa foi uma despedida que Deus me proporcionou ter com meu filho. Uma das coisas que me conforta é saber que o Samuel estava muito feliz e que, de alguma maneira, eu consegui proporcionar pelo menos alguns minutos de felicidade para o meu filho – disse ainda.

Em outro depoimento, ele também teve forças para agradecer a Deus pelos 16 anos em que pôde ter Samuel como filho.

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