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Trio matou Vitória Gabrielly sabendo que era o alvo errado

Denúncia do MP aponta que suspeitos cometeram o crime com "frieza extrema"

Henrique Gimenes - 19/07/2018 17h04 | atualizado em 19/07/2018 17h39

Na denúncia apresentada contra os três suspeitos pela morte da menina Vitória Gabrielly, de 12 anos, o Ministério Público de São Paulo (MPSP) apontou que eles sabiam que ela era o alvo errado, mas decidiram cometer o crime mesmo assim. Os promotores também consideram que o grupo teve “frieza extrema” ao decidir pelo assassinato. O caso aconteceu na cidade de Araçariguama.

A acusação foi apresentada nesta segunda-feira (16) e aceita pela Justiça nesta quarta-feira (18). Os acusados, Bruno Marcel de Oliveira, Mayara Borges de Abrantes e o servente de pedreiro, Júlio César Lima Ergesse, irão responder por sequestro, homicídio qualificado por motivo torpe e ocultação de cadáver. O trio está preso temporariamente, mas o MP já pediu a prisão preventiva.

O MP também considera que os três “se mostram incapazes de convívio em sociedade, denotando traços de personalidade animalescas ao arrebatarem adolescente de apenas 12 anos de idade, e frieza extrema ao resolverem sequestrá-la e matá-la mesmo sabendo que não possuía nenhum vínculo com situação que pretendiam ‘resolver'”.

Eles também explicam que os acusados observaram Vitória Gabrielly “durante certo tempo, até que Mayara deixou o carro e retornou com Vitória, segurando-a com força pelos braços e a colocando no veículo na parte traseira, juntamente com Julio”. Mesmo percebendo que a vítima era o alvo errado, os três “deliberaram, conscientemente, e então mataram a vítima, a fim de não deixarem provas do arrebatamento anteriormente ocorrido”.

O motivo do crime foi descoberto pela polícia após um depoimento realizado no dia 3. A testemunha disse que criminosos que têm o costume de punir os integrantes das famílias de devedores o estavam ameaçando de morte por uma dívida de R$ 7 mil. O homem, um traficante no programa de proteção à testemunha, disse ainda possuir uma irmã com as mesmas características físicas de Vitória Gabrielly.

O CASO
No dia 8 de junho, Vitória saiu para andar de patins na rua em que mora. Ela ficou desaparecida até o dia 16, quando a Polícia Militar (PM) encontrou o corpo da menina em uma zona de mata ao lado de uma estrada de terra na zona rural da cidade.

A polícia informou que a jovem estava com os pés e as mãos atados e o corpo amarrado a uma árvore. Os peritos apontaram que ela foi morta por asfixia mecânica no mesmo dia em que desapareceu e que ainda tentou lutar contra seu assassino.

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