Camille Dornelles - 27/11/2018 10h13 | atualizado em 27/11/2018 10h20

Os três réus acusados pelo assassinato da adolescente Vitória Gabrielly, de 12 anos, enfrentam a primeira audiência do processo nesta terça-feira (27), às 13h30. O casal Bruno Marcel de Oliveira e Mayara Borges de Abrantes e o servente de pedreiro Júlio César Lima Ergesse irão dar depoimento no Fórum de São Roque, em São Paulo.

Além do trio, nove testemunhas de defesa e 11 de acusação também irão depôr. O juiz responsável pelo caso é Flávio Roberto de Carvalho, da 1ª Vara Criminal da Comarca de São Roque. Ao final dos depoimentos, ele irá decidir se os réus devem ser julgados por um júri.

Eles irão responder por sequestro, homicídio qualificado por motivo torpe e ocultação de cadáver.

O CASO
No dia 8 de junho, Vitória saiu para andar de patins na rua em que mora. Ela ficou desaparecida até o dia 16, quando a Polícia Militar (PM) encontrou o corpo da menina em uma zona de mata ao lado de uma estrada de terra na zona rural da cidade.

A polícia informou que a jovem estava com os pés e as mãos atados e o corpo amarrado a uma árvore. Os peritos apontaram que ela foi morta por asfixia mecânica no mesmo dia em que desapareceu e que ainda tentou lutar contra seu assassino.

Uma testemunha que está sob proteção disse à Polícia Civil que os criminosos têm o costume de punir os integrantes das famílias de devedores o estavam ameaçando de morte por uma dívida de R$ 7 mil. O homem é traficante de drogas e informou que tem uma irmã com as mesmas características físicas de Vitória Gabrielly.

Na denúncia apresentada contra os três suspeitos pela morte da menina Vitória Gabrielly, de 12 anos, o Ministério Público de São Paulo (MPSP) apontou que eles sabiam que ela era o alvo errado, mas decidiram cometer o crime mesmo assim. Os promotores também consideram que o grupo teve “frieza extrema” ao decidir pelo assassinato.

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