Suspeito de matar idoso com chute chora em reconstituição
Tiago Gomes de Souza ajoelhou-se e pediu desculpas; população pediu "justiça"
Thamirys Andrade - 14/06/2024 13h58 | atualizado em 14/06/2024 14h24

Preso por suspeita de matar um idoso de 77 anos com um chute no peito, Tiago Gomes de Souza chorou durante a reconstituição do crime. Na ocasião, ele chegou a ajoelhar-se no chão e pedir “desculpa”. A reconstituição ocorreu em Santos (SP), nesta quinta-feira (13), e foi assistida por populares que clamavam por “justiça”.
De acordo com o boletim de ocorrência, o crime ocorreu quando a vítima, que se chamava Cesar Fine Torresi, estava atravessando a Rua Pirajá da Silva, em Aparecida, de mãos dadas com o neto de 11 anos, na tarde do último sábado (8). O trânsito estaria parado, e o avô e a criança teriam passado por entre os carros.
O neto conta que, antes que chegassem ao outro lado, um motorista avançou com o veículo sobre os dois, freando subitamente. O idoso reagiu colocando as mãos sobre o capô do automóvel.
Ainda conforme o relato da criança, ele e o avô terminaram de atravessar, enquanto o motorista em questão deixou o veículo e foi até eles. O homem teria golpeado o senhor com um chute no peito.
Cesar bateu a cabeça e, desacordado, foi levado à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Zona Leste pelo Samu. Ele chegou a ser intubado, mas teve três paradas cardíacas, indo a óbito. Segundo o portal G1, a vítima sofreu traumatismo craniano.
RECONSTITUIÇÃO
Ao participar da reconstituição do ocorrido, Tiago relatou ter sofrido um “ataque de fúria” após Cesar repreendê-lo por ter avançado com o carro. Ele contou ter havido uma discussão entre ele e o idoso, o que o neto da vítima nega.
Segundo a delegada responsável pelo caso, Liliane Lopes Doretto, do 3° Distrito Policial da cidade, o suspeito disse ter tentado socorrer o idoso após golpeá-lo.
– Não conseguiu se controlar e por isso assim agiu. [Disse] que na hora se arrependeu e até fez manobras de ressuscitação na vítima – afirmou ela.
A delegada descreveu a reconstituição do crime como um “sucesso”, mas pediu para que testemunhas do ocorrido busquem a delegacia para auxiliar nas investigações.
Tiago alega ter problemas psicológicos e utilizar medicamentos receitados por seu psiquiatra. Seu advogado nega crime de homicídio. Em vez disso, descreve o episódio como lesão corporal seguida de morte.
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