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Suspeito de chamar porteiro de macaco não pode deixar o Brasil

Homem é francês, mas atua como médico no país. Justiça também o proíbe de aproximar-se da vítima

Gabriel Mansur - 06/07/2022 18h38 | atualizado em 06/07/2022 19h08

Médico francês é suspeito de injúria racial Foto: Reprodução/Youtube

Nesta segunda-feira (4), o porteiro Reginaldo Silva de Lima, funcionário de um prédio localizado em Copacabana, na Zona Sul do Rio de Janeiro, envolveu a polícia após um suposto caso de injúria racial. Ele afirma que foi chamado de “preto, fedorento e macaco” pelo médico francês Gilles David Teboul, que mora no edifício.

Registrado na 12ª DP como injúria racial, lesão corporal e ameaça, o caso está sendo apurado na esfera judicial. Nesta quarta (6), inclusive, um novo capítulo prejudicou Gilles. A juíza Maria Izabel Pena Pieranti, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, decidiu que o suspeito só poderá deixar o país com autorização judicial.

Ainda de acordo com a magistrada, sua saída precisará ser comunicada às autoridades de fiscalização das fronteiras por via aérea, marítima e terrestre. Gilles terá que entregar o seu passaporte à Justiça. O documento ficará sob a guarda da delegada Natacha Alves de Oliveira, da 12ª DP (Copacabana).

Uma testemunha disse em depoimento que todo ano Gilles fica seis meses na França e os outros seis meses no Brasil. O francês, inclusive, já estaria com passagem comprada para seu país de origem ainda este mês, podendo até antecipar a viagem.

Além de deixar o país, Gilles também está proibido de aproximar-se do porteiro e de molestá-lo sob qualquer pretexto. Ele era esperado para depor nesta terça (5), mas não compareceu. O advogado do médico foi à delegacia e pediu que ele seja ouvido na próxima semana.

PORTEIRO SE AFASTA DO TRABALHO
Reginaldo Silva pediu afastamento do emprego nesta quarta por, segundo ele, não ter condições emocionais de exercer as atividades na portaria. Ele afirma que não consegue dormir, nem comer e vai cumprir uma licença médica de três dias.

ENTENDA O CASO
O porteiro contou que estava atendendo um hóspede quando Gilles, que é francês, passou e chamou a sua atenção porque a porta do elevador de serviço estava aberta.

– Ele voltou e falou: “Seu incompetente. Você não está vendo que a porta do elevador está aberta? Você não tem capacidade para fazer essa função. Seu negro!” – contou Reginaldo.

O porteiro disse ainda que foi agredido e ameaçado de morte pelo morador. As câmeras do circuito interno de segurança registraram o momento em que Gilles empurra o pescoço de Reginaldo com as duas mãos. Essa não teria sido a única agressão física.

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