Suposta amante de líder do CV vai à polícia e dá versão sobre morte
Fhillip da Silva Gregório, conhecido como Professor, morreu após ser baleado na cabeça
Paulo Moura - 02/06/2025 12h15 | atualizado em 02/06/2025 13h04

A morte de Fhillip da Silva Gregório, traficante conhecido como Professor, segue em apuração pela Polícia Civil do Rio de Janeiro e nesta segunda-feira (2) teve novos desdobramentos. Considerado um dos principais líderes da facção criminosa Comando Vermelho (CV), ele foi baleado na cabeça na noite deste domingo (1°) e chegou a ser levado com vida a uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), mas não resistiu.
Um dos novos fatos relacionados ao caso foi registrado nesta segunda com a aparição de uma mulher que se apresentou à Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) alegando ser amante do criminoso. Ela entregou à polícia a suposta arma usada no disparo que matou o traficante e afirmou que ele teria cometido suicídio.
Mesmo com a versão apresentada pela suposta amante de Fhillip, a polícia mantém outras hipóteses em aberto. Investigadores avaliam a possibilidade de execução por rivais ou acerto de contas dentro da própria facção. Outros relatos dão conta ainda de uma possível briga de casal como motivo da morte, já que, segundo informações preliminares, uma companheira do traficante teria discutido com ele.
SOBRE O CASO
Fhillip morreu neste domingo (1º) após ser atingido por um tiro na cabeça. Ele estava foragido desde 2018, quando fugiu do sistema prisional, e vivia escondido no Complexo do Alemão, na Zona Norte da capital. A polícia foi avisada de que o traficante tinha chegado em estado grave à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Del Castilho, também na Zona Norte, por volta das 21h20. Ele, porém, não resistiu aos ferimentos.
A Delegacia de Homicídios assumiu a investigação, e a principal linha de apuração é que o próprio Fhillip teria tirado a própria vida, já que o tiro foi disparado na região da têmpora e não há indícios de confronto.
Nos últimos anos, o traficante ganhou importância estratégica dentro da facção por ser o responsável pelo fornecimento de armamentos para a expansão do grupo criminoso na Zona Oeste do Rio. Fhillip também tinha passado a controlar a comunidade da Fazendinha, no interior do Complexo do Alemão.
Para evitar ser identificado, ele recorreu a diversos procedimentos estéticos, incluindo tratamento dentário, implante capilar e até lipoaspiração — tudo feito em consultórios improvisados montados dentro da própria comunidade.
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