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STJ nega pedido de Witzel para voltar ao governo do RJ

Decisão foi do presidente da Corte, ministro Humberto Martins

Pleno.News - 31/03/2022 17h50 | atualizado em 31/03/2022 18h12

Ex-governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel Foto: Agência Brasil/Fernando Frazão

O presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro Humberto Martins, negou o pedido do ex-governador do Rio, Wilson Witzel, e manteve a eficácia do julgamento do Tribunal Especial Misto que cassou e confirmou o impeachment do ex-governador, que é acusado de corrupção na Saúde durante a pandemia.

O ministro registrou que, segundo os autos, foram asseguradas ao ex-governador as garantias da ampla defesa e do contraditório durante a instrução do processo que culminou na cassação de seu mandato.

– É inviável, portanto, o exame do acerto ou do desacerto da decisão cujos efeitos a parte busca sustar, sob pena de transformação do pedido de suspensão em sucedâneo recursal e de indevida análise de argumentos jurídicos que atacam especificamente os fundamentos da decisão recorrida – disse.

A decisão foi proferida no âmbito de um mandado de segurança que a defesa do ex-juiz impetrou no STJ alegando “grave lesão à ordem pública e à ordem jurídica”. As informações foram divulgadas pelo STJ.

O ex-governador pediu à corte que suspendesse decisão de 2º grau que extinguiu recurso contra a decisão do Tribunal Misto. No recurso, ele alegou vícios insanáveis na decisão do Tribunal Misto, como extrapolação de prazos legais e nulidade de provas.

Além disso, a defesa requereu que fosse sustada a eficácia do julgamento do impeachment, com o retorno de Witzel ao cargo de governador do Rio até a análise definitiva das alegações.

Ao analisar o caso, o ministro Humberto Martins destacou que o acolhimento de pedidos de suspensão de segurança só é possível em casos em que há “demonstração da ocorrência de grave lesão à ordem, à saúde, à segurança e à economia públicas”; o que o magistrado não verificou no caso.

Segundo o presidente do STJ, o instrumento jurídico que Witzel usou para acionar a corte não pode ser utilizado para eventual reforma de decisão.

“O requerente não demonstrou, de modo preciso e inequívoco, grave lesão aos institutos previstos na legislação de regência das ações de contracautela, tampouco ficou demonstrado de que forma a manutenção da decisão impugnada causa lesão à ordem jurídica administrativa relacionada com o governo do Estado do Rio de Janeiro”, escreveu o ministro em sua decisão.

*AE

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