SP terá concessão de piscinões para a iniciativa privada
Anúncio foi feito pelo prefeito da capital, Bruno Covas
Pleno.News - 15/02/2020 14h06 | atualizado em 15/02/2020 14h52
O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), anunciou neste sábado (15) que divulgará ainda em fevereiro um edital de concessão para manutenção e construção de piscinões na cidade pela iniciativa privada.
A chamada PPP dos Piscinões incluirá a construção de cinco desses equipamentos e a conservação de outros quatro em diversas áreas da cidade.
Em troca, o concessionário terá o chamado “direito de laje”, ou seja, a possibilidade de explorar comercialmente as áreas em cima do piscinão.
Para que isso fosse possível, a legislação municipal foi alterada no ano passado.
– Antes você não podia construir em cima. Só podia ter prédios públicos, como por exemplo o estádio do Pacaembu – afirmou o prefeito.
Segundo ele, não há problema de ordem técnica na construção de prédios em cima de piscinões.
– Não é nenhuma novidade da engenharia. Nunca houve problema com o Pacaembu – disse.
Na última segunda (10), São Paulo sofreu com alagamentos provocados por uma das maiores chuvas da história. Embora Covas tenha dito que em 24 horas a cidade já estivesse praticamente normalizada, ainda há áreas em que a água não baixou, como São Miguel Paulista, na zona leste.
– São áreas que estão abaixo da calha do rio [Tietê]. Em outros anos ficaram meses alagadas, mas a gente já tem conseguido resolver com maior agilidade – declarou.
Covas participou de uma reunião com a militância do PSDB na cidade. O evento oficialmente era uma prestação de contas do prefeito para o partido, sem caráter político ou eleitoral.
Apesar disso, houve gritos de “1, 2, 3, é Covas outras vez”, em referência à sua candidatura à reeleição. O prefeito, que se trata de um câncer, falou sentado numa cadeira, sozinho em cima do palco, por recomendação médica.
Ao mencionar o desafio que estava enfrentando, emocionou-se e chegou a limpar uma lágrima.
Ele deve se internar na terça (18) para uma bateria de exames e ficar no hospital até o dia seguinte. Com base nessa avaliação, os médicos decidirão se será necessário fazer uma cirurgia.
O prefeito também falou sobre o Carnaval de São Paulo, dizendo que hoje está no mesmo patamar de Rio de Janeiro e Salvador. Mas negou que haja rivalidade entre as cidades.
Disse ainda que o gasto da prefeitura com a festa será de R$ 10 milhões, sobretudo para organização de desfiles em bairros afastados, mas que a despesa compensa, porque trará retorno de mais de R$ 2 bilhões para a cidade.
– Não é porque o prefeito gosta de festa, e eu gosto mesmo. É porque o Carnaval traz emprego e renda para as pessoas – declarou.
*Folhapress
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