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SP: Taxa de internações têm leve queda e UTIs seguem lotadas

O estado está com 92,3% de ocupação nas Unidades de Terapia Intensiva

Pleno.News - 30/03/2021 13h41

Hospitais temem falta de medicamentos para intubação Foto: EFE/Fernando Bizerra Jr.

A fase emergencial completou duas semanas nesta segunda-feira (29) em São Paulo, com taxas ainda elevadas de óbitos, casos e ocupação de leitos. A média móvel de novas internações diárias relacionadas à Covid-19 caiu pela primeira vez desde 16 de fevereiro neste fim de semana, mas ainda é mais do que o dobro do registrado na primeira quinzena do mês passado e quatro vezes maior do que no início de novembro.

Diante dos números ainda altos, os registros frequentes de aglomerações, o índice de isolamento mediano e o tempo estimado entre o contágio e o início dos sintomas, especialistas ouvidos pelo Estadão consideram que o período de duas semanas ainda é curto para avaliar os resultados da fase emergencial. Eles também defendem que a tomada de novas restrições deve ser discutida caso não ocorra redução nos índices do novo coronavírus nos próximos dias.

O estado está com 92,3% de ocupação em UTI, taxa que é de 92,7% na Grande São Paulo, segundo balanço da Secretaria da Saúde. Em enfermaria, a média é de 81,8% e 86,9%, respectivamente. Há fila de espera por leitos, especialmente de UTI, enquanto municípios enfrentam escassez de medicamentos para intubação e oxigênio gasoso.

Por enquanto, as medidas de restrição tiveram impacto reduzido no índice de isolamento, de acordo com dados da Fundação Seade. Enquanto o índice era de 42% em 8 de março, passou a 43% nas duas segundas-feiras seguintes, quando a fase emergencial vigorava. No último sábado, por exemplo, a taxa foi de 46% de isolamento, ante os 47% do sábado anterior e os 46% dos dois que precederam o período de mais restrições.

As médias móveis (calculadas com base nos últimos sete dias) de domingo bateram os recordes de toda a pandemia em óbitos (668) e casos (16.317). Em novas internações, a alta foi ininterrupta de 16 fevereiro, quando era de 1.445 hospitalizações, até sexta-feira (26), quando chegou a 3.399, ainda segundo dados da Seade Nos últimos três dias, houve leve queda, para 3.346, taxa que ainda é quatro vezes maior do que a registrada no início de novembro.

Um dos diretores da Sociedade Brasileira de Imunizações, o infectologista Renato Kfouri explica que são necessárias ao menos duas semanas para os efeitos de restrições impactarem no número de casos, por causa do intervalo entre o tempo de exposição, a manifestação dos sintomas e a confirmação do diagnóstico. No caso de internações, estima ao menos três semanas, pelo tempo até o quadro do paciente se agravar, média que chega a ao menos um mês para os óbitos.

*Estadão

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