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SP: Ocorrências de violência doméstica saltam 20%

São 2.000 casos anotados neste ano em apenas seis dias

Mayara Macedo - 20/04/2020 13h45

Confinamento aumenta registros de violência contra a mulher Foto: Reprodução

Os pedidos de socorro emitidos de dentro de casa, envolvendo violência doméstica, tiveram um salto de 19,8% no estado de São Paulo desde o início do isolamento social decretado pelo governo paulista para conter a pandemia do novo coronavírus, mostram dados inéditos da Secretaria da Segurança Pública obtidos pela Folha de S.Paulo.

A medição utiliza como base os atendimentos realizados pela Polícia Militar no estado entre os dias 20 de março e 13 de abril deste ano comparados com período semelhante do ano passado. Foram 7.933 nessa quarentena, contra 6.624 no ano passado.

Os dados de 2019 se referem ao período de 22 de março a 15 de abril. O governo paulista utiliza essa comparação por incluir dados contabilizados a partir de uma sexta-feira e concluídos em uma segunda-feira, tendo assim um perfil semelhantes de dias.

Os números obtidos pela reportagem relevam, ainda, uma aceleração dessa violência nos últimos seis dias da análise.
De 20 de março e 7 de abril, término da primeira etapa da quarentena decretada pela gestão João Doria (PSDB), esse tipo de atendimento registrou alta de 16,9% (foram de 5.076 casos para 5.933), cerca de três pontos percentuais menos do que agora.

Excluídos os registros dessa primeira etapa, o crescimento salta para 29,2%: são 2.000 casos anotados neste ano em apenas seis dias, contra 1.548 no período equivalente em 2019.

Embora não abarquem todos os tipos de crimes cometidos no ambiente doméstico, os dados de atendimento da Polícia Militar são um bom termômetro do aumento da violência porque são acionamentos feitos, muitas vezes, por vizinhos ou terceiros que conseguem perceber as agressões ocorrendo, e não necessariamente pelas vítimas.

Os números da PM também são termômetros eficientes como tendência, pois atingem mesmo casos que, por motivos diversos, não chegam a ser registrados pela Polícia Civil e, assim, não entram para as estatísticas oficiais do governo, que toma como base os boletins de ocorrências.

*Folhapress

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