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Mulher precisou subir em cima de um armário para escapar

Ana Luiza Menezes - 12/03/2019 15h55 | atualizado em 12/03/2019 16h23

Em São Paulo, uma mulher de 33 anos, que está com 40 semanas de gravidez, passou por momentos de aflição durante a chuva forte do último domingo (10). Segundo informações divulgadas pela revista Crescer, Aline Ines da Paixão teve sua casa invadida pela água, em São Caetano do Sul, e precisou tomar medidas que exigiram coragem.

Segundo ela, alguns vizinhos foram para a sua casa, a fim de tentar escapar da enchente. Porém, o volume de água também ameaçou o local. Ao todo, 14 pessoas entraram na residência, mas acabaram tendo que ir para o imóvel ao lado.

– Em pouco tempo, a água subiu mais e começou a entrar pelas janelas. Nesse momento, um vizinho resolveu quebrar o forro do quarto da minha filha e o telhado. Assim, conseguimos subir em um armário, acessar o telhado e pular um muro para a gente passar para o lado de lá, para a casa de uma vizinha. Todo mundo passou por ali: criança de 1 ano, idoso, eu e até cachorro – contou ela.

Aline disse que todos estavam desesperados. Ela afirmou ainda que teria morrido se não tivesse conseguido escapar com os vizinhos para a casa ao lado.

Mãe de outros dois filhos, uma menina de 12 anos, e um menino de 15, ela sustenta a família por meio da venda de roupas no Brás. Aline e sua família, agora, contam com a ajuda de uma vizinha, uma vez que perdeu tudo o que tinha, incluindo as roupas do bebê que vai nascer.

– Ontem dormimos na casa da vizinha. Hoje, passamos o dia todo trabalhando para salvar o que sobrou, limpando tudo, tirando o barro. Perdemos tudo: móveis, eletrodomésticos. Ficamos praticamente com a roupa do corpo. Agora, estamos contando apenas com a ajuda das pessoas – disse.

Apesar de estar agradecida porque está viva, Aline lamenta que o bebê está chegando e não tem onde dormir.

– O enxoval tava completinho. Tínhamos guarda-roupas novo, berço, roupinhas, a bolsa da maternidade, tudo o que eu tinha comprado molhou: fralda, lenço umedecido. A única coisa que consegui salvar foi o carrinho, pois tinha colocado em cima de um colchão que acabou boiando e protegendo o carrinho. O que ficou está estragado ou com cheiro forte – afirmou.

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