Pleno.News - 18/03/2025 16h21 | atualizado em 18/03/2025 17h21

Nesta segunda-feira (17), um grupo formado por alunas e ex-alunas de Medicina da Faculdade Santa Marcelina, em São Paulo, denunciou à direção do curso que ao menos 24 estudantes usaram um hino com alusão ao crime de estupro. O caso ocorreu no último sábado (15), durante um evento esportivo voltado a calouros.

Segundo o Coletivo Francisca, que assina a denúncia, os alunos seguravam uma bandeira com a frase “entra p***, escorre sangue”, retirada do hino da Atlética da faculdade, banido em 2017 por conteúdo machista e violento.

As alunas explicam que hinos e cânticos ofensivos são frequentemente usados em eventos esportivos universitários para provocar adversários. Muitas dessas composições contêm insultos de cunho sexual, machista e homofóbico.

Este foi banido pela instituição há oito anos traz mensagem explícita de uma situação de estupro. Por isso, as integrantes do coletivo afirmam que o episódio pode ser considerado apologia ao estupro. Elas exigem que a universidade tome medidas contra os envolvidos.

A Faculdade Santa Marcelina se manifestou por meio de uma nota publicada no Instagram. A instituição confirmou a participação de seus alunos e anunciou a abertura de uma sindicância interna para apurar os fatos.

– A instituição esclarece que, no ato de matrícula, o aluno aceita um compromisso formal com a faculdade, de respeito aos seus princípios éticos e morais, à dignidade acadêmica e à legislação vigente. Atitudes como essa constituem agravo à instituição e sua tradição, missão e valores e também à sociedade como um todo – diz parte da nota.

A instituição de ensino afirmou ainda que os responsáveis poderão sofrer punições, como advertências, suspensão ou até expulsão.

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