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SP: Cidades do interior pausam vacinação por falta de doses

Escassez maior aconteceu na aplicação da segunda dose da vacina Oxford/Astrazeneca

Thamirys Andrade - 14/07/2021 09h44 | atualizado em 14/07/2021 10h46

Moradores enfrentaram filas e protestaram contra a interrupção na imunização Foto: EFE/Jakub Gavlak

Ao menos 30 cidades do interior e do litoral de São Paulo interromperam a vacinação contra a Covid-19 na terça-feira (13), por falta de doses do imunizante. A escassez maior aconteceu na aplicação da segunda dose da vacina Oxford/Astrazeneca. Em Santos, moradores enfrentaram filas e protestaram contra a interrupção na imunização. A Secretaria da Saúde do Estado informou que as prefeituras precisam planejar as vacinações de forma sincronizada com o cronograma estadual, para evitar a falta de doses.

Em Santos, a vacinação prevista para esta terça foi suspensa depois que as doses da Astrazeneca se esgotaram, na segunda-feira (12), duas horas após o início da aplicação. A Prefeitura tinha aberto a vacinação com a 2ª dose em apenas dois postos e, antes da abertura dos portões, já havia filas. Informados de que as doses tinham acabado, muitos moradores protestaram. A Guarda Civil Municipal reforçou a segurança.

A Prefeitura local informou que não recebeu do governo estadual quantidade suficiente da Astrazeneca para atender a todos que esperavam a 2ª dose. Quem não conseguiu ser vacinado recebeu senha para não ter de enfrentar nova fila. O município disse ter entrado em contato com o governo estadual e estar na expectativa da chegada de um novo lote de vacina para completar a imunização.

Ainda no litoral paulista, a vacina acabou também em Praia Grande e no Guarujá. Praia Grande suspendeu a aplicação da 1ª dose, mantendo apenas a aplicação da 2ª dose da Astrazeneca.

A Prefeitura do Guarujá suspendeu a aplicação da 1ª e da 2ª dose da Astrazeneca no Ginásio Guaibê, o principal posto de vacinação, depois que os estoques acabaram. No entanto, a vacinação ainda prosseguia com doses da Coronavac e da Pfizer.

INTERIOR
No interior paulista, a Prefeitura de Pindamonhangaba suspendeu a vacinação depois que até as doses usadas para rescaldo de quem não tinha completado a imunização acabaram.

Outras cidades do Vale do Paraíba, como São José dos Campos e Taubaté, estavam sem doses para avançar o calendário de vacinação e faziam a repescagem de faixas etárias já vacinadas. A região estava na expectativa da chegada de 118 mil doses liberadas pelo governo estadual.

Em Itapeva, a Prefeitura divulgou comunicado na tarde de segunda-feira (13), informando que o estoque de vacinas para a 1ª dose estava zerado.

– Assim que o município receber mais doses do Estado, imediatamente será divulgado nas páginas oficiais da Prefeitura o cronograma de vacinação – informou.

Faltou vacina também em Riversul, Cesário Lange, Itapetininga e Sarapuí, na mesma região.

Em algumas cidades a vacinação está adiantada em relação ao cronograma estadual, mas há outras em atraso. Em Ourinhos, a vacinação de pessoas a partir de 36 anos foi iniciada na segunda e paralisada na terça por falta de doses. Na mesma região, Bernardino de Campos, Bastos, Paraguaçu Paulista e Cândido Mota interromperam a imunização por falta de vacina.

Rio Claro suspendeu a vacinação de pessoas com 36 anos após as doses acabarem. Em Catanduva, a Prefeitura comunicou a suspensão da 1ª dose, mas continuava aplicando a 2ª dose em que já tinha agendado.

São José do Rio Preto retoma nesta quarta-feira (14), a aplicação da 2ª dose da Astrazeneca – a cidade antecipou em dois dias a primeira dose e houve descompasso com o cronograma de envio do imunizante.

Na região, outras dez cidades pararam de vacinar por falta de vacina.

ESTADO EXPLICA
A coordenadora do Plano Estadual de Imunização, Regiane de Paula, disse que, em um estado com 645 municípios, podem acontecer faltas pontuais de vacina, o que não compromete o programa de vacinação. Segundo ela, é importante que as prefeituras procurem seguir o calendário estadual.

– O programa de imunização manda as doses 1 e 2 em grades separadas e no tempo oportuno, conforme o calendário. Toda vez que uma cidade antecipar a 1ª dose, a Prefeitura terá de administrar essa situação lá na frente, para que a 2ª dose seja dada no prazo – disse.

A coordenadora lembrou que o estado também acompanha o cronograma definido pelo Ministério da Saúde e mantém constantes tratativas para que os lotes de vacina venham no prazo.

Na terça-feira (13), São Paulo ultrapassou a marca de 60% dos adultos vacinados com pelo menos uma dose da vacina e de 20% com cobertura vacinal completa. Houve 21,8 milhões de aplicações da 1ª dose, o que representa 61,6% das pessoas com 18 anos ou mais, e 6,6 milhões de registros da 2ª dose. Além disso, foram aplicadas 827,8 mil doses da vacina Janssen, em dose única. No total, 7,4 milhões de paulistas já estão com a imunização completa contra a Covid-19.

*AE

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