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Sogro de cabeleireira conheceu assassino enquanto esteve preso

Marcos Antônio tinha 11 inquéritos na Polícia Civil do Distrito Federal, sendo que quatro deles resultaram em condenações

Paulo Moura - 27/01/2023 08h13 | atualizado em 27/01/2023 10h55

Marcos Antônio, sogro da cabeleireira Elizamar da Silva Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal

Marcos Antônio Lopes de Oliveira, sogro da cabeleireira Elizamar da Silva, morto na chacina que fez dez vítimas de uma mesma família no Distrito Federal, possuía uma longa ficha criminal. Ele havia conhecido um dos suspeitos pelo assassinatos enquanto esteve preso na Penitenciária da Papuda, em Brasília. A informação foi divulgada pela TV Globo nesta quinta-feira (26).

De acordo com o veículo, Marcos Antônio e Gideon Batista de Menezes, um dos cinco presos pelas mortes, cumpriram pena juntos na penitenciária. Ao todo, o sogro de Elizamar tinha 11 inquéritos na Polícia Civil do Distrito Federal, sendo que quatro deles resultaram em condenações por crimes como roubo, furto e associação criminosa.

Também na quinta, Marcos Antônio e o filho dele, Thiago Gabriel Belchior, de 30 anos — marido de Elizamar — foram sepultados no cemitério Campo da Esperança, na região do Gama, no Distrito Federal. A família optou por não realizar velório.

Até a publicação desta reportagem, cinco pessoas foram presas suspeitas de terem participado do crime. Além deles, um adolescente de 17 anos chegou a ser apreendido na última terça-feira (24), mas foi liberado pouco depois. Os detidos são os seguintes:

– Gideon Batista de Menezes, 55 anos;
– Horácio Carlos Ferreira Barbosa, 49 anos;
– Fabrício da Silva Canhedo, 34 anos;
– Carlos Henrique Alves da Silva, 27 anos;
– Carlomam dos Santos Nogueira, de 26 anos.

Já as dez vítimas da chacina são:

– Elizamar da Silva: cabeleireira;
– Thiago Gabriel Belchior: marido de Elizamar Silva;
– Rafael da Silva: filho de Elizamar e Thiago;
– Rafaela da Silva: filha de Elizamar e Thiago;
– Gabriel da Silva: filho de Elizamar e Thiago;
– Marcos Antônio Lopes de Oliveira: pai de Thiago e sogro de Elizamar;
– Cláudia Regina Marques de Oliveira: ex-mulher de Marcos Antônio;
– Renata Juliene Belchior: mãe de Thiago e sogra de Elizamar;
– Gabriela Belchior: irmã de Thiago e cunhada de Elizamar;
– Ana Beatriz Marques de Oliveira: filha de Cláudia e Marcos Antônio.

SOBRE O CASO
O caso começou a ser investigado após a cabeleireira Elizamar Silva e três filhos dela e do marido Thiago – Gabriel, de 7 anos, e os gêmeos Rafael e Rafaela, de 6 anos – sumirem no dia 12 de janeiro. A cabeleireira também era mãe de um rapaz de 24 anos e de uma jovem de 18 anos. No dia 13, o carro de Elizamar foi encontrado em Cristalina, Goiás, com quatro corpos dentro.

Já no dia 14, um carro em nome de Marcos Antônio, sogro de Elizamar, foi encontrado carbonizado com duas pessoas dentro na altura de Unaí, em Minas Gerais. No dia seguinte, a irmã de Renata, Núbia, registrou um boletim indicando o desaparecimento da irmã, Renata, do marido dela, Marcos Antônio, e dos filhos do casal, Gabriela e Thiago, marido de Elizamar.

No dia 16, um boletim de ocorrência foi registrado indicando o desaparecimento de Cláudia Regina Marques de Oliveira e Ana Beatriz Marques de Oliveira, respectivamente ex-esposa e filha de Marcos Antônio. Em 17 de janeiro, três suspeitos foram presos por possível participação nos desaparecimentos.

No dia 18 de janeiro, a Polícia Civil de Minas Gerais informou que os corpos encontrados no carro em Unaí pertencem a mulheres. Nesse mesmo dia, um corpo foi encontrado em um cativeiro em Planaltina, no Distrito Federal, onde parte dos membros da família foram mantidos em cárcere.

Em 19 de janeiro, a Polícia Civil de Goiás confirmou que os corpos encontrados carbonizados no carro em Cristalina eram de Elizamar e dos três filhos. Ainda nessa data, a Polícia Civil do Distrito Federal informou que o cadáver achado no cativeiro eram de Marcos Antônio, sogro de Elizamar.

Três dias depois, no dia 22, a Polícia Civil identificou e buscou Carlomam dos Santos Nogueira, de 26 anos, quarto suspeito de participar das mortes.

No dia 23, um bilhete foi encontrado com uma mensagem que teria atraído Elizamar e sua família para a morte.

No dia 24 de janeiro, três corpos foram encontrados em uma cisterna de uma casa abandonada em Planaltina, a cerca de cinco quilômetros do cativeiro onde vítimas da chacina foram mantidas reféns. No mesmo dia, dois dos três cadáveres foram identificados como sendo de Thiago Gabriel Belchior e Cláudia Regina Marques de Oliveira.

Ainda no dia 24, a Polícia Civil de Minas Gerais confirmou que os corpos encontrados em carro carbonizado em Unaí, Minas Gerais, eram de Renata e Gabriela. Por fim, no dia 25, a Polícia Civil do DF confirmou que a terceira vítima encontrada na cisterna era Ana Beatriz, filha de Marcos e Cláudia.

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