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Servidores do Ibama e ICMBio são retirados de Humaitá (AM)

Prédios dos institutos foram incendiados e funcionários sofreram ameaças

Gabriela Doria - 30/10/2017 17h10 | atualizado em 30/10/2017 18h17

Funcionários do Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) e do ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade) deixaram a cidade de Humaitá, no Amazonas, após os ataques da última semana. Carros e embarcações dos institutos também foram retirados do município por medida de segurança.

Incêndio criminoso destruiu a sede do Ibama e do ICMBio, na cidade de Humaitá, no Sul do Amazonas Foto: Reprodução Youtube

Na última sexta-feira (27), as sedes do Ibama e do ICMBio, em Humaitá, região sul do Amazonas, foram alvo do ataque de garimpeiros ilegais. Os criminosos atearam fogo em prédios e viaturas. O motivo do ataque seria a Operação Ouro Fino, realizada na quarta-feira (25), que apreendeu 37 balsas usadas por garimpeiros ilegais na região.

Em nota, o Ibama afirmou que “as estruturas dos órgãos ambientais foram atacadas, e servidores ameaçados”, mas garantiu que os servidores “estão fisicamente bem e já se encontram em local seguro, fora do município de Humaitá”. O comunicado ressaltou ainda a necessidade de fiscalização da atividade de extração ilegal de ouro.

“Essa atividade ilegal é altamente impactante e causa graves danos ao meio ambiente e à saúde humana, além do risco à navegação. Normalmente associado a diversos outros crimes, como contrabando e sonegação fiscal, o garimpo ilegal financia a grilagem de terras e contribuiu para o aumento da violência no campo. Esse cenário exige atuação firme das instituições públicas”, afirmou a nota.

Em entrevista a Rádio CBN, o jornalista André Trigueiro, referência em assuntos sobre meio ambiente e ecologia, reforçou a continuidade do combate às atividades ilegais dos garimpeiros.

– É correta a ação fiscalizadora do Ibama, do ICMBio e da Marinha contra o garimpo ilegal. Precisa ter mão forte e pulso firme para que não haja impunidade. O mínimo que se espera nesse momento é uma resposta à altura. Porque, se não for assim, o entendimento é de que o Estado perdeu – afirmou Trigueiro.

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